Após a tomada de decisão, esta manhã, em Conselho de Ministros, de nomear o Porto como a cidade nacional candidata à Agência Europeia do Medicamento, Rui Moreira comentou esta tarde a decisão do Governo em conferência de imprensa, acompanhado pelo presidente da Assembleia Municipal, o presidente do Conselho Metropolitano do Porto, Emídio Sousa, e um dos representantes do Porto na Comissão Nacional de candidatura, Eurico Castro Alves.
O autarca portuense começou por revelar-se satisfeito por ter “levantado a voz”, aludindo que valeu a pena que, a devido tempo, o Governo tenha reconsiderado a nomeação de Lisboa, aceitando avaliar, antes da decisão final, o “argumentário” do Porto.
Foi nesse contexto que, rapidamente, se formou uma Comissão Nacional de Candidatura à EMA, organismo responsável por aferir qual das duas cidades portuguesas reuniria o maior número de maiores vantagens para apresentar uma candidatura forte na corrida à relocalização da Agência Europeia do Medicamento, que por força do Brexit sairá de Londres.
Na verdade, Rui Moreira explicou aos jornalistas que o Porto tinha “o trabalho feito”, que tinha o processo pronto para apresentar à Comissão, em boa medida fruto do crescente número de projectos de investimento que a cidade tem captado nos últimos anos, através do gabinete Invest Porto.
Em cinco dias, a equipa de Rui Moreira “fez um pequeno milagre”
Eurico Castro Alves, um dos dois nomeados por Rui Moreira para representar o Porto na Comissão Nacional de Candidatura, disse na conferência de imprensa que “esta vitória do Porto só foi possível graças à magnífica equipa de Rui Moreira, que em cinco dias montou um dossier ganhador. Foi um pequeno milagre”.
Na sua intervenção, Rui Moreira quis também agradecer aos representantes do Porto na Comissão, Eurico Castro Alves, ex-administrador da EMA, e Ricardo Valente, vereador municipal da Economia e responsável pelo Invest Porto, por, num tão curto espaço de tempo, terem apresentado um dossier completo e pormenorizado sobre a capacidade do Porto para acolher a EMA.
Reconhecendo que “voltar atrás nas decisões não é fácil”, Rui Moreira acredita que o Governo tomou a decisão certa, e prova disso é que o Porto foi a cidade nomeada pela Comissão para representar Portugal. Sublinhou, todavia, que “nada está ganho”, e que este “não é um campeonato fácil”.
Certo é que, simultaneamente, acredita que não se pode “minimizar a capacidade que o Porto tem” para receber esta estrutura europeia. Agora, com a concertação de todos os players e com o papel que a diplomacia portuguesa por certo desempenhará, Rui Moreira está seguro de que “o Porto apresenta o melhor menu” de argumentos.