Rui Moreira admite que a segurança dos cidadãos e bens é um investimento “muitas vezes esquecido” pelo poder local. Mas o que tem acontecido no Porto, nos últimos anos, é prova precisamente do contrário, com o reforço sustentado dos recursos humanos e técnicos da polícia municipal.
Todavia, reconhece o candidato à autarquia portuense, a nova sociedade, cada vez mais envelhecida, coloca novos desafios à cidade, “que tem que estar preparada” para corresponder às necessidades dos cidadãos. Especificamente, apontou uma medida que a Câmara do Porto aprovou, em 2016, no sentido ter o seu próprio corpo de guardas-nocturnos, evitando assim o recurso à segurança privada.
Prevenir a criminalidade, velar pela gestão do espaço urbano, promover o comportamento cívico e o sentimento de confiança e de pertença são os principais pressupostos da criação da nova figura do guarda-nocturno, que Rui Moreira “espera que um dia o município possa admitir”. Isto porque, explicou, para que a medida seja efectivamente implementada, o governo terá de aceitar a proposta de alteração legislativa.
A solidariedade é outro dos instrumentos que, de acordo com o candidato à Câmara do Porto, contribui para o conceito alargado de segurança e que será determinante para mitigar o isolamento da população mais idosa. Um trabalho que, no seu entender, deve ser executado em rede com as instituições sociais da cidade.
A Polícia Municipal do Porto, vector estratégico da segurança na cidade, têm conhecido, nos últimos três anos, um incremento da sua equipa, como já se referiu. Actualmente, existem 119 elementos e, para o ano seguinte, prevê-se um aumento para praticamente o dobro de efectivos, cerca de 213 pessoas. Recorde-se que em 2014 o número de efectivos da polícia municipal era de 70 pessoas. Mas não foi só a nível de recursos humanos que se registaram melhorias. A polícia municipal dispõe de novos veículos, a maior parte eléctricos, e de novas fardas, lembrou Rui Moreira.