O novo modelo está hoje completamente consolidado e é um sucesso, provando que Rui Moreira tinha razão quando, na campanha eleitoral de 2013, advogava que era possível a autarquia organizar a Feira do Livro, tornando-a mais atractiva e interessante. Esta manhã, Rui Moreira fez informalmente uma visita ao espaço, que se instalou, definitivamente, nos jardins do Palácio de Cristal.
A Feira do Livro do Porto volta a marcar o calendário cultural da cidade e do país, até ao dia 17 de Setembro, nos jardins do Palácio de Cristal. Impera lembrar que, incrivelmente, nem sempre foi assim. Num passado recente, em 2013, quando ainda Rui Moreira concorria pela primeira vez à presidência da Câmara do Porto, o evento não se concretizou devido a um diferendo entre a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros e o município.
No ano seguinte, já enquanto Presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, e o seu antigo vereador da Cultura, Paulo Cunha e Silva, selaram um novo rumo para a Feira do Livro, assumindo publicamente que a autarquia estava em condições de organizar a iniciativa.
OS PORTUENSES NÃO TÊM MEMÓRIA CURTA
A realidade cultural da cidade é hoje muito diferente daquela que existia há quatro anos atrás. Um dos exemplos mais paradigmáticos neste campo é, sem dúvida, a organização da Feira do Livro pela Câmara do Porto, mas muitas outras medidas e projectos podem ser enunciados. Desde logo, a municipalização do Rivoli que, a par do Teatro Campo Alegre, forma o Teatro Municipal do Porto, um equipamento que, graças a uma programação vibrante, atingiu números inéditos de afluência de públicos.
O programa Cultura em Expansão, que produz espectáculos em locais da cidade outrora descritos como proscritos.O Fórum do Futuro, um espaço de debate e de pensamento, que se tem projectado no país e no mundo, são apenas alguns dos exemplos.
HOMENAGEM A SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN
Sophia de Mello Breyner Andresen, autora homenageada na edição de 2017, tem no seu património literário inúmeras passagens relacionadas com o Porto. A sua cidade. É tempo, pois, de a cidade lhe retribuir as palavras. Neste novo modelo da Feira do Livro, que Rui Moreira idealizou e concretizou, o nome de Sophia de Mello Breyner Andresen será perpectuado. Num singelo tributo, a Câmara Municipal vai baptizar uma das tílias dos renovados jardins com o seu nome.
Com mais de 100 participantes, distribuídos pelos cerca de 130 pavilhões dispostos pelos jardins do Palácio, a Feira do Livro do Porto envolve também uma programação paralela que inclui debates, sessões de spoken word, exposição de arte contemporânea, cinema e música, bem como as habituais sessões de autógrafos organizadas pelos próprios expositores.
Um modelo de sucesso que, só no último ano, contou com mais de 250 mil participantes.