Querer imputar à Câmara a responsabilidade de “despejos” que, na realidade, são apenas contratos que terminam ou acordos que inquilinos aceitam estabelecer com proprietários já é pouco honesto, mas responsabilizar a Câmara por uma lei que permite que tal exista e que o BE nunca quis alterar na Assembleia da República consegue ser pior.
Felizmente, PSD, PS e Independentes não aceitaram embarcar na deriva populista e demagógica e rejeitaram as propostas do BE. As apresentadas pelo PAN e CDU também não foram aprovadas e o resultado foi de 16-0.
O Movimento Independente saúda a política de habitação que tem sido implementada e saúda a dinâmica da cidade que perdeu, antes de Rui Moreira, 100 mil habitantes em 30 anos, ou seja, um terço da população.
Os indicadores que existem mostram que esse fenómeno está a estancar, havendo cada vez mais interesse pela cidade. O apelo ao regresso ao congelamento das rendas, decretado pelo Estado Novo e revogado em 1990 é absurdo e, além do mais, só poderia ser decidido pela Assembleia da República. A demagogia criada artificialmente para as câmaras de TV com manifestações de falsos “despejados” não ajuda a Câmara a implementar as políticas que definiu e tem em prática.