Segundo o que está publicado e não foi desmentido, o órgão concelhio do partido teria aprovado na semana passada a decisão de fazer tal pedido, que teria que ser votado em Assembleia Municipal pelos restantes grupos municipais.
Contudo, não apenas não o fez, como não abordou o tema. O líder da sua bancada faltou à sessão.
O movimento independente que não tem maioria na Assembleia Municipal questiona o que mudou entre a decisão do órgão concelhio do PSD e a sessão da Assembleia Municipal.
A obra foi pela primeira vez viabilizada numa Câmara presidida pelo PS, no que contou então com os votos favoráveis de vários vereadores do PSD. E foi licenciada, mais tarde, por vereadores do PSD, através da aprovação de PIPs, projectos de arquitectura e licenciamentos de obra, no tempo em que a Câmara Municipal era presidida por Rui Rio.
Ao presente Executivo e ao anterior chegaram factos consumados que, a serem revogados, teriam consequências inassumíveis para o Município.
Não pode, pois, o PSD continuar a cavalgar a demagogia de atirar a pedra e esconder a mão, mitigando as suas enormes responsabilidades, anunciando comissões de inquérito à imprensa que, contra o decidido pelos seus órgãos internos, não propõe.
Era moralizador da vida política que o PSD explicasse, por isso, porque anunciou uma comissão de inquérito que não propôs no órgão próprio ou o que mudou entre uma decisão e o recuo.