Bizarro é o PS se ter empenhado no processo de transferência da sociedade para a Câmara, primeiro através de uma resolução do Conselho de Ministros presidido por António Costa, e depois aprovando na Assembleia da República, por sua proposta, legislação que permitiu contornar o chumbo do visto do Tribunal de Contas.
Finalmente, o Governo do PS, aprovou a transferência do capital da empresa, que o Estado não quer gerir e que se comprometeu a entregar à Câmara. Mas, agora, que todo o processo chega ao final de um calvário jurídico e administrativo, o PS de Manuel Pizarro, no Porto, tentou chumbar o que o PS de António Costa propôs, aprovou e possibilitou.
Os novos estatutos permitem a Rui Moreira transformar a empresa num instrumento de promoção da habitação na cidade, mas o PS – o de Pizarro – não quer. E não quer, também, a mesma coisa que o PS de António Costa…
A reabilitação urbana no Porto não pode, contudo, servir para resolver divergências internas dentro do PS por causa das listas europeias.