14 Julho, 2017

“Colocar o Porto no centro da Europa com Rui Moreira é fácil. Eu acho que a cidade lhe está grata”, diz Hugo Tavares

Hugo Tavares foi um dos oradores convidados da segunda sessão das Conversas à Porto, subordinada ao tema coesão social e territorial. Na sua intervenção, o dirigente do Centro Distrital do Porto do Instituto de Segurança Social, elogiou o “excelente trabalho na área da coesão social” desenvolvido por Rui Moreira ao longo deste mandato, centrando posteriormente o seu discurso em propostas de políticas públicas sociais passíveis de contribuir, realisticamente, para o quarto pilar do movimento independente: a sustentabilidade.

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Foi sob a moderação do candidato à vereação da Câmara do Porto, Fernando Paulo, que a segunda Conversa à Porto, dedicada à coesão social e territorial, ganhou forma. Iniciando a sessão referindo que o propósito da iniciativa prende-se, essencialmente, com a recolha de contributos da sociedade portuense para a “construção do manifesto eleitoral” do movimento O Nosso Partido é o Porto, Fernando Paulo congratulou as duas individualidades que, de espírito livre, aceitaram debater o vasto tema da coesão.

A par do arquitecto Rui Loza, Hugo Tavares, profissional com larga experiência na área da acção social, apresentou as suas ideias sobre a matéria em apreço. Começou por evocar Anthony Bourdain, conhecido apresentador de televisão norte-americano que, recentemente, dedicou um programa à cidade do Porto. Dizia Bourdain que encontrou o Porto “ainda mais bonito” e tal como ele é: autêntico. Não desvirtuando essa autenticidade, Hugo Tavares moldou a sua intervenção, naquilo que pretende que seja um “desenvolvimento harmonioso” para a cidade, alinhado com a coesão social e sustentabilidade.

Como primeiro vector, o dirigente do Instituto de Segurança Social elegeu as respostas sociais dedicadas à primeira infância, nomeadamente as creches. Entende que é um equipamento de importância capital para a cidade, não só pelo poder de fixação da população mais jovem, mas porque se regista um aumento efectivo da procura desta valência por parte da população que não vive no Porto, “mas que aqui trabalha”. Nesse contexto, propõe que a Câmara Municipal contribua para “optimizar a rede que temos desta resposta social”, alertando, desde logo, que será preciso ultrapassar barreiras ao nível dos “constrangimentos de licenciamento do edificado, factor determinante para financiamento da Segurança Social”, explicou.

Pensando na população idosa, o segundo domínio de actuação proposto por Hugo Tavares, que pode ser seguido pelo município do Porto, envolve a aposta no apoio domiciliário, como forma de “retardar, ao máximo, a institucionalização” dos mais velhos. Na realidade, a cidade colhe o maior índice de envelhecimento da Área Metropolitana do Porto, pelo que o défice na rede de equipamentos justifica a enraização de projectos de acompanhamento nos locais de residência, que estimulem a própria autonomia e auto-estima da população idosa.

O terceiro vector, dedicado ao combate à exclusão estrema, tem já um caminho trilhado, pois segundo o dirigente do Instituto de Segurança Social, “o Porto soube, desde a primeira hora, agarrar uma boa estratégia”. Referia-se ao NPISA (Núcleo de Planeamento e Intervenção nos Sem-Abrigo do Porto), cujos ofícios têm contribuído, de forma expressiva, para a mitigação dos números de sem-abrigo. Os resultados são notórios: se em 2000 havia mais de um milhar de sem-abrigo nas ruas da cidade, hoje existem cerca de uma centena de casos sinalizados, e cerca de mil em acompanhamento. Elogiando a “excelente articulação da rede social NPISA e a própria Câmara do Porto, sobretudo neste mandato”, alvitrou a coordenação deste organismo por parte do município.

Sem perder a agenda da inovação social, assenta Hugo Tavares, o Porto sabe igualmente “surfar na onda da inovação social”. A esse nível, considerou, perante a audiência, que um olhar para o exterior, que analise as boas práticas internacionais, pode afluir para a melhoria da eficácia nas respostas internas. Rematando a sua intervenção, Hugo Tavares não tem dúvidas: “Com o desenvolvimento dos dias de hoje, acho que a cidade está grata a Rui Moreira”. Com ele, o Porto pode mesmo assumir uma posição privilegiada no centro da Europa.

A rematar a intervenção dos oradores convidados da segunda sessão das Conversas à Porto, o moderador, Fernando Paulo, apreciou que “neste mandato, o município do Porto tem sido exemplar na afectação de recursos da área social”. Nomeou alguns dos projectos que a autarquia portuense tem implementado, “numa perspectiva transversal e não meramente existencialista”, como é o caso do programa Cultura em Expansão ou da aposta no desporto adaptado. Dentro do “amor à cidade e às pessoas”, tem havido a capacidade de “renovar com alma e com felicidade”, concluiu.

Nota biográfica

Hugo Tavares, licenciado em Gestão pela Universidade Lusíada do Porto, é pós-graduado em Economia Financeira e em Gestão e Avaliação de Serviços.

Iniciou a sua carreira profissional em 1996 na área da consultoria de seguros. Desde 1998, é quadro do Instituto de Segurança Social, e a partir de 2001 dirigente no Centro Distrital do Porto do Instituto de Segurança Social. Exerceu cargos de direcção em diversas unidades orgânicas do Instituto com responsabilidades na área Financeira, Recursos Humanos, Compras, Património e Logística. De 2012 a 2016 exerceu o cargo de director de Unidade de Desenvolvimento Social e Programas do Centro Distrital do Porto abrangendo a área das Respostas Sociais, Infância e Juventude, Intervenção Social e Apoio a Programas. É actualmente director do Centro de Reabilitação da Granja, Estabelecimento Integrado de Gestão Directa do Instituto de Segurança Social.

De entre várias representações institucionais é Membro do Conselho Municipal de Segurança do Porto, Membro da Comissão Municipal e Distrital da Protecção Civil do Porto, Membro no Núcleo Executivo da Rede Social do Porto, Coordenador do NPISA – Núcleo de Planeamento e Intervenção nos Sem-Abrigo do Porto.

Possui no seu curriculum experiência internacional com colaboração prestada ao Departamento de Cooperação do Ministério do Trabalho e Solidariedade, na implementação de um sistema contabilístico e financeiro em projectos sociais na República de São Tomé e Príncipe, entre os anos de 2000 e 2015.

Paralelamente, foi docente em Pós-Graduações na Universidade Lusíada de Famalicão, entre 2010 e 2014.

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