Disse também, e também tinha razão, que o próprio Aeroporto de Lisboa sofreria com esta política centralista, esgotando mais rapidamente a sua capacidade.
Dois anos depois, a TAP procura corrigir e voltar ao Porto e apostar na região.
Rui Moreira foi, então, apelidado de ser bairrista. O tempo, muito rapidamente, encarregou-se de demonstrar que ele não apenas defendia a sua cidade e a sua região com coragem e razão, como defendia, afinal, o funcionamento e eficiência da TAP, do sistema aeroportuário nacional e, consequentemente, do país.
Esta reversão de abandono do Porto por parte da TAP é bem-vinda. A Associação Porto, o Nosso Movimento, saúda-a e alerta para que este exemplo não seja esquecido em relação a tantos outros exemplos de decisões centralistas que a nomenclatura da capital procura justificar com critérios de eficiência e necessidades financeiras, mas que no fim do dia prejudicam esses mesmos objectivos, como prejuízo para todo o país.
Sempre que se retiram competências, serviços e importância a qualquer região, sempre que o Estado emagrece fora de Lisboa, é o país que perde e é a capital que acaba, também, prejudicada, como então explicou Rui Moreira no seu livro “TAP Caixa Negra”, onde tudo o que hoje é reconhecido pela TAP era, afinal, então explicado de uma forma meridionalmente clara.