Tais “pareceres” não estão publicados pela CNE, não são do conhecimento da candidatura e nenhum dos órgãos de comunicação que noticiaram revelou quem foram os autores dos “pedidos de esclarecimentos” e quem lhes fez chegar as respostas que não são de acesso público.
Nenhum dos esclarecimentos se referia, segundo algumas das notícias, à nossa candidatura.
Contactado pela Lusa, único órgão de comunicação social que procurou com rigor saber a verdade, o diretor de campanha esclareceu que o nome da candidatura – matéria que estava em causa na notícia – foi aprovado pelo tribunal que recebeu a candidatura. Contudo, nem todos os Órgãos de Comunicação Social procuraram o contraditório ou sequer ser esclarecidos.
O facto do nome ter sido já aprovado pelo tribunal do Porto tornaria, em condições normais, a notícia extemporânea e até um pouco patética, uma vez que os ditos “esclarecimentos da CNE” confirmavam eles próprios, segundo algumas das notícias, que a decisão não cabe à CNE, mas aos tribunais (que neste caso já tinham decido!).
A nossa candidatura independente entregue por 336 cidadãos, a nove órgãos autárquicos do Porto, sustentada em mais de 23 mil assinaturas de cidadãos eleitores, cumpre de forma escrupulosa a Lei, é exactamente igual à de quatro anos atrás no que diz respeito à matéria em causa, sendo que, neste aspecto, a lei não mudou.
Foi já aceite, tal como há quatro anos, pelo competente tribunal, sem reparos.
Fazer política deveria exigir ética e princípios aos políticos, que nunca se deveriam proteger pelo anonimato; fazer esclarecimentos em nome de uma entidade pública que não decide sobre a matéria que lhe é colocada, deveria exigir responsabilidade e rigor; fazer jornalismo deveria exigir deontologia e imparcialidade.
Nada disto aconteceu neste caso em que a identidade dos autores dos pedidos de esclarecimento foi escrupulosamente ocultada pela comunicação social que, em alguns casos, não cuidou de saber a verdade e preferiu o sensacionalismo, baseado no anonimato e num não acontecimento.
A designação da candidatura Rui Moreira: Porto, o Nosso Partido está aprovada por quem lhe compete fazê-lo e com base na correcta interpretação da Lei. Vai concorrer nos mesmos termos de 2013.
A 1 de Outubro, o país e os partidos políticos continuarão a não compreender nada do que se passou no Porto, como hoje.