21 Setembro, 2017

“Conseguimos afirmar a voz do Porto a nível nacional. Foi mérito de todos nós”, diz Rui Moreira

“Foram dez Conversas à Porto inspiradoras”, assim classificou Rui Moreira o fórum e debate de ideias sobre a cidade que, durante três meses, alimentou o Manifesto Eleitoral independente. Na décima e última sessão das Conversas falou-se de sustentabilidade. Não foi por acaso. A cidade está em crescimento e o problema com que se depara é a gestão do sucesso.

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Para Rui Moreira, a solução passa pela construção de políticas sustentáveis a longo prazo e pela continuidade da afirmação do Porto a nível nacional. Na sua última obra, “Sem medo do futuro”, Rui Moreira escreve que as democracias têm um enorme problema em lidar com o futuro. A voracidade do calendário político preocupa-o. O sentido de imediatismo impede a projecção de políticas sustentáveis que, na sua opinião, são as que mais contribuem para um futuro risonho das cidades.

Por isso, elegeu como quarto pilar da sua candidatura a sustentabilidade. Não só sob uma perspectiva ambiental, mas também absorvendo a coesão social, o urbanismo e a economia. O Porto cresceu nos últimos anos e, face a esta evidência que alguns agentes políticos teimam em negar, lamentou Rui Moreira, a cidade tem de gerir o sucesso que ela própria criou.

Como explicou Rui Moreira esta tarde, numa sede que encheu para assistir à última sessão das Conversas à Porto e que recebeu entre a assistência nomes ilustres como o de Oliveira Dias, gestor do Mercado Abastecedor, o Porto ganhou, nos últimos anos, capacidade reivindicativa e peso político a nível nacional.

“Mérito de todos nós”, disse o candidato independente, aludindo a um colectivo que ergueu a sua voz em torno de justas reclamações do Porto contra o centralismo. Lembrou a TAP, a expansão da linha do metro, a defesa da região Norte, a afirmação da área metropolitana (nos últimos quatro anos a Câmara Municipal promoveu a aproximação entre autarquias que outrora estavam “de costas voltadas”), ou o regresso dos grandes eventos à cidade, como foi o caso da Red Bull Air Race.

A nível local, Rui Moreira recordou a medida que em 2013 propôs, da circulação do metro durante toda a noite. Não se esquece que houve quem se risse e achasse a ideia disparatada. “Hoje o Move Porto provou que é possível, sustentável e praticável”.

“TEMOS QUE GARANTIR QUE A CIDADE CRESCE COM QUALIDADE DE VIDA”

É disto que trata a sustentabilidade. Do crescimento harmonioso entre o lado humano da cidade e o seu desenvolvimento económico. Como disse Rui Moreira, respeitando a história e as tradições, mas também envolvendo as empresas, a massa crítica geradora de inovação. Porque as tradições, acredita, também podem ser reinventadas, e cada geração pode ser responsável pela criação de novas tradições que fiquem para as gerações vindouras.

Por isso, não percebe o candidato independente quando seus opositores dizem que o Porto corre o risco de se transformar numa Disneylândia. A cidade é, para Rui Moreira, um organismo vivo, que se renova todos os dias. Não obstante, há medidas políticas implementadas que protegem as tradições da cidade, recordou, referindo-se à protecção das lojas históricas.

“PODEMOS TER BOAS CONTAS SEM SERMOS CINZENTOS”

Para Rui Moreira “o insucesso não se gere”. Nesse contexto, tem enorme dificuldade em entender propostas de moratórias de construção de mais unidades hoteleiras na cidade, quando uma medida dessas só fomentaria a especulação imobiliária.

“A cidade está confortável, interessante e segura” e, segundo Rui Moreira, é curioso observar que quem nos visita continua a ver no Porto a autenticidade que muitos dizem estar a perder-se. O mesmo acontece, por exemplo, com os emigrantes que regressam à cidade e que elegem o Porto pela sua qualidade de vida.

Há um caminho que há quatro anos começou a ser trilhado. A cidade está hoje mais feliz, provando-se que “a cultura não prejudica as boas contas”. A cidade “macambúzia” faz parte do passado e o grau de exigência aumentou muito. É por isso que, afirmou Rui Moreira, o indigna que digam que “o Porto está igual ao que estava”.

Mas, reconhece, nem tudo está feito. É preciso perspectivar políticas sustentáveis que pensem a cidade a longo prazo e que saibam responder aos novos desafios que se lhe impõem, fruto do sucesso que alcançou. De varinhas mágicas, duvidamos.

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