19 Setembro, 2017

“A cidade tem de investir onde o mercado não funciona”, diz Rui Moreira

A declaração surgiu no âmbito do jantar que médicos e profissionais de saúde tiveram esta segunda-feira com Rui Moreira. O candidato independente lembrou que não há “varinhas mágicas” para resolver os novos desafios que se colocam à cidade, consequência do seu crescimento nos últimos anos. Reforçou que as boas contas lhe são um tema caro e lamenta que outras forças políticas as queiram desbaratar.

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Convicto de que, nos últimos quatro anos, “a cidade mudou e mudou para muito melhor”, Rui Moreira alertou que há adversários que têm medo do sucesso que a cidade atingiu, apresentando propostas proteccionistas que colocam em causa as contas à moda do Porto que sempre defendeu (nos últimos quatro anos o endividamento da Câmara desceu 25%).

Para o candidato independente, este novo dinamismo económico não pode ser obstaculizado com tentativas de fechar a cidade sobre si mesma, criando períodos de moratória e impedindo, desta maneira, que o turismo e a reabilitação urbana se expandam por todo o território portuense. Rui Moreira defende que mais do que interveniente directo, o papel da Câmara é o de organismo facilitador. “A cidade tem de investir onde o mercado não funciona. Onde funciona, tem de ser amiga dos investidores”. De acordo com os números, o investimento público na cidade foi feito na proporção de um euro para quinze euros de investimento privado.

Por isso acredita que a política de fechar portas, que o antagoniza em termos programáticos de outras propostas eleitorais, vai causar sérios danos nas boas contas da autarquia. Mais ainda, quando se propõe que o município intervenha directamente na política de construção de casas para atrair a classe média. “Não queremos que se vá buscar aos bolsos da cidade uma cura muito cara. Bastam três anos para destruir tudo”, avisou.

POLÍTICAS SUSTENTÁVEIS SÃO A CHAVE PARA A SOLUÇÃO DE UMA CIDADE QUE ESTÁ A GERIR O SUCESSO

Uma cidade mais interessante e confortável é também uma cidade com maior fluxo de pessoas e, consequentemente, com mais trânsito. Na mitigação deste problema, Rui Moreira acredita que a passagem da gestão da STCP para os municípios onde a rede opera será um factor preponderante, porque entende que o Porto e as cidades vizinhas “estão em condições de fazer melhor do que o modelo centralista”. Também o Terminal Intermodal de Campanhã, cujo projecto está aprovado e cujas obras arrancam logo no início de 2018, é outro importante ponto a favor.

Sobre a subida dos preços das casas no Porto, Rui Moreira constata que há uma falha de mercado para a nova geração que quer viver no Porto. Algo que não o surpreende porque “as cidades são um espaço escasso cobiçado por muitas forças”. Mas, mais do que ser lembrado como o “povoador do Porto”, o candidato do Nosso Partido é o Porto quer “cuidar primeiro de quem cá está”. E explica como: utilizando instrumentos fiscais que permitam aos proprietários dos imóveis colocar as casas a preços controlados. Esses benefícios, como a descida a isenção do IMI, são suportados pela receita proveniente da taxa turística.

Voltando ao tema do turismo e da reabilitação urbana, Rui Moreira lembrou que a Câmara do Porto foi pioneira na aplicação de duas leis no país: na protecção das lojas históricas do centro da cidade e na regulação dos transportes turísticos. Existem, portanto, ideias claras do caminho a seguir. O turismo é bom para a cidade e contribuiu para a reabilitação do centro histórico. Como qualquer actividade económica necessita ser regulada e isso vai ser feito através da taxa turística, um instrumento que estará à disposição do executivo que vier a tomar posse da Câmara Municipal, se assim o entender.

“A CULTURA É O MELHOR CIMENTO DA COESÃO SOCIAL”

No período de pré-campanha preocupou Rui Moreira o facto de se ter falado muito pouco de cultura. “Parece que a cidade sempre foi assim”, disse. A cultura, principal pilar da candidatura independente, provou ser o melhor cimento para uma cidade cada vez mais inclusiva. Por isso, lamentou quem diz que é só folclore, que é subversiva ou, pelo contrário, que é reaccionária.

“A política também é feita contribuir para a nossa felicidade”, concluiu.

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