O relator do PS, Pedro Braga de Carvalho, prestou-se ao serviço de tentar fazer passar por “relatório final” um seu documento, que os restantes membros da comissão nem sequer tinham ainda lido.
Este comportamento desleal e anti-democrático levou vários membros da comissão a questioná-lo publicamente e também, pelo que se sabe, em plena comissão.
Pedro Braga de Carvalho abandonou então os trabalhos, não por acaso imitando o PSD e desertando ao ser questionado. E não explicou como apareceu o falso “relatório final” na Agência Lusa.
A tentativa de recuperar para o PS alguma dignidade, num processo em que ficaram claras a deslealdade e falta de cultura democrática, levou Manuel Pizarro, vereador da Câmara do Porto e líder local do partido de Braga de Carvalho, a fazer afirmações escritas que ferem a verdade.
Pizarro não assistiu a nenhuma sessão da comissão. Não assiste, aliás, há muitos meses, a qualquer sessão pública da Assembleia Municipal. Faltou, por consequência, à sessão onde foi discutida a aprovada a constituição da comissão. Mas escreve, acusando de forma pouco ética, sobre o que lá se passou e a que não assistiu.
Por decisão unânime dos membros da comissão, as sessões da comissão de inquérito são gravadas para melhor elaboração das actas.
Em nome da verdade e da dignidade das pessoas envolvidas, a Porto, o Nosso Movimento anuncia que pedirá ao Presidente da Assembleia Municipal que, com autorização unânime dos membros da comissão, divulgue o registo áudio da sessão em que Braga de Carvalho se demitiu, incluindo a parte em que pede para que seja apagado.