O Porto enquanto cidade livre e independente que sempre foi, não aceita quem dela venha tomar conta. Na mensagem, transmitida este final de tarde por Rui Moreira no Jardim do Cálem, foram lembradas as conquistas do Porto nos últimos anos contra o centralismo (na questão do aeroporto, da STCP ou dos fundos comunitários). Questões importantes em que o Porto “reclamou aquilo a que tinha direito” e que o conseguiu por mérito próprio.
Considerando que “a cidade tem hoje voz e confiança em si própria”, Rui Moreira está confiante de que assim continuará. Um Porto que olha o passado com respeito, mas não tem medo do futuro e da sua afirmação.
“O PORTO É A MINHA PÁTRIA”
Parafraseando Sophia de Mello Breyner Andresen, Rui Moreira fez que questão de reforçar, perante cerca de uma centena de pessoas que esta tarde o ouvia, que a ideologia do seu movimento é o Porto. E foi pela cidade que os independentes trabalharam estes quatro anos. Desde logo, pugnando pela independência das boas contas que, explicou Rui Moreira, vão permitir que as obras do Mercado do Bolhão avancem sem que a cidade esteja dependente dos fundos comunitários. “As boas contas são libertadoras”, desabafou.
No campo cultural, lembrou “aquilo que parecia impossível foi possível”. Hoje, entende Rui Moreira, “a cultura é virada para a cidade” e com ela se funde. A propósito, recordou a construção do Museu da Cidade no Bairro da Pasteleira.
Também na economia muito foi feito. Quem vê a cidade de fora, porventura, terá essa percepção com mais clareza. Actualmente, a cidade é dotada de uma marca, é interessante, confortável e segura, atrai cada vez mais turismo, mas – e é importante não esquecer – simultaneamente tem atraído cada vez mais investidores que aqui instalam os seus negócios. O Porto é hoje a cidade a nível nacional que mais startups atrai.
“O NOSSO MANIFESTO ELEITORAL É A EXPRESSÃO DA NOSSA VONTADE”
Rui Moreira explicou porque só amanhã vai apresentar o seu Manifesto Eleitoral, às 21,30 horas, no Teatro Rivoli. “Acabamos ontem as Conversas à Porto que ajudaram a construir o nosso manifesto”. Foram mais de 20 horas em que se discutiu cidade, com mais de duas mil pessoas a passar pela sede de campanha, 100 contributos, mais de dez horas de vídeo partilhado e cerca de três dezenas de especialistas convidados.
Se falamos hoje na gestão do sucesso da cidade, naquilo que o Porto capitalizou para si ao longo dos últimos quatro anos – mérito de todos os portuenses – falamos também numa cidade orgulhosa de si própria, livre e independente. O Porto é por aqui.