Anunciando que as propostas da sua equipa são fruto de “um trabalho que privilegiou ouvir as pessoas”, o candidato independente à freguesia de Paranhos, Paulo Jorge Teixeira, fez questão de sublinhar na sua intervenção que, fazer parte do Movimento Independente, “faz-nos sentir agentes de mudança da nossa freguesia, da nossa cidade e do nosso país”. Uma cidadania activa sem paralelo, que se ramifica por todos os quilómetros quadrados do Porto.
Em Paranhos, especificamente, a equipa da candidatura independente, detectou inúmeras oportunidades e deficiências que urgem colmatar. Para Paulo Jorge Teixeira, “Paranhos exige mudança. De paradigmas, de comportamentos e, sobretudo, de atitudes”. O verbo “agir” é, para o candidato à Junta, aquele que mais se adequa à sua forma de estar. Uma forma de estar que, infelizmente, está adormecida na freguesia e que Paulo Jorge Teixeira pretende despertar, não fosse ele um dos rostos mais diligentes do movimento associativo da cidade do Porto.
IDEIAS-BASE DO PROGRAMA ELEITORAL
Foi de espírito livre que Paulo Jorge Teixeira se apresentou aos eleitores de Paranhos, que fizeram questão de o ver e ouvir esta tarde, no Parque da Quinta do Covelo. Ao lado de Rui Moreira, dirigindo o seu discurso aos paranhenses, o candidato à Junta de Freguesia identificou o diálogo e o compromisso de partilha como as pedras basilares da sua governação (caso venha a ser eleito), numa lógica de “somar e não dividir”.
Entre as principais ideias para a freguesia, o candidato destacou quatro dimensões, explicando, detalhadamente, cada uma delas: a acção social e a educação; a cultura e o turismo; a identidade, e os laços históricos e de tradição; a qualidade de vida nas suas diversas componentes (ambiente, desporto, juventude e coesão social).
Advertindo que “o Porto não pode andar a duas velocidades”, Paulo Jorge Teixeira, propôs, no campo educativo “ir mais longe”. Por exemplo, através de um reforço na ligação às escolas, por via do prolongamento da oferta do acompanhamento escolar no horário pós-lectivo. No desenvolvimento do ensino para a terceira idade. Ou na criação de uma Incubadora Social em Paranhos, com o apoio da universidade.
Na área da cultura e do turismo, Paulo Jorge Teixeira aposta num estudo de identidade territorial, que, contando com o envolvimento de uma rede de parceiros e de agentes locais, possa contribuir para traçar o plano de marketing territorial da freguesia. Dar visibilidade aos espaços culturais, incentivar o teatro amador, a música, congregando as colectividades da freguesia, à semelhança do que a Câmara já tem concretizado com o programa “Cultura em Expansão”, foi outro dos aspectos gizados por Paulo Jorge Teixeira, para quem Paranhos não soube potenciar a vaga de turismo de que o Porto tem beneficiado. Por isso, também propõe o desenvolvimento de percursos pedestres interactivos.
Referindo-se ao terceiro vector do programa eleitoral do Movimento Independente para Paranhos, o da identidade, laços históricos e de tradição, Paulo Jorge Teixeira entende que “urge fazer o casamento entre a Paranhos Histórica e Paranhos Dormitório” e, para a prossecução desse objectivo, impõe-se a “alteração radical da forma de comunicação da Junta com os seus utentes”.
Para o último eixo, o da qualidade de vida, definiu o candidato metas mais ambiciosas, com “novas hortas urbanas, novos parques infantis e áreas destinadas a animais”. Entre as várias propostas apresentadas, sublinhe-se criação de pólo desportivo em Paranhos, bem como a resolução de problemas de clubes históricos da freguesia. E a activação de um espaço de coworking dimensionado à realidade do território.
“COMO DIZ RUI MOREIRA, MAUS POLÍTICOS SÃO ELEITOS POR BOAS PESSOAS QUE NÃO VOTAM”
No final do seu discurso, Paulo Jorge Teixeira, o novo rosto do Nosso Partido é o Porto para as freguesias está, convicto de que, a 1 de Outubro, os paranhenses saberão escolher bem o seu presidente da Junta. Mas, para tal, é preciso que votem. “Perderam-se quatro anos por opções que não ajudaram a freguesia”, finalizou o candidato. Paranhos ficou de fora da dinâmica criada por Rui Moreira, refém da instrumentalização de um partido. E isso não pode acontecer novamente.