Será, sobretudo, um equipamento de índole arqueológica aquele que está em construção no reservatório de água do parque da Pasteleira. O projecto, que foi esta manhã apresentado pelo presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, pela Directora Municipal de Museus e Património Cultural, Alexandra Lima, e pelos arquitectos responsáveis pela obra, Alexandre Alves Costa e Sérgio Fernandez, enquadra-se no plano de renovação dos museus da cidade, apresentado em 2016.
Para Rui Moreira este “era o pólo cultural que faltava à cidade”. Na verdade, o projecto já tinha sido pensado há largos anos, mas “nunca tinha sido concretizado”. Agora, que a empresa municipal das Águas do Porto decidiu reabilitar o espaço, a ideia tomou forma e definiu-se um programa cultural, que vai ao encontro da política cultural policêntrica de cidade preconizada pelo autarca. “Um equipamento tão óbvio como este estava aqui enterrado”, comentava esta manhã aos jornalistas Rui Moreira, que admite que o Porto tem de criar um “maior mapeamento” para os espaços culturais da cidade.
A museologização do equipamento vai agora avançar, definindo-se como um dos critérios primários da obra a sua forte ligação ao tema Água, pela proximidade ao rio e ao mar. Inserido numa zona socialmente desprotegida, com entrada junto às Torres da Pasteleira, pretende-se também com a edificação do Museu da História da Cidade promover a coesão social e territorial da área envolvente.
A montante, o centro interpretativo permitirá uma maior e melhor utilização do Parque da Pasteleira. Com a abertura do museu, será reactivada a cafetaria de Siza Vieira que se encontra, neste momento, abandonada.