25 Agosto, 2017

“O projecto cultural da cidade evoluiu de forma robusta e estratégica com Rui Moreira”, diz Guilherme Blanc

Foi adjunto da vereação da cultura de Paulo Cunha e Silva e continua agora a desempenhar o mesmo cargo com Rui Moreira. Guilherme Blanc, ontem apontado pelo candidato à Câmara do Porto como a sua escolha para presidir à administração da empresa municipal da cultura, caso venha a ser reeleito, afirmou nas Conversas à Porto estar certo de que a política cultural da autarquia neste mandato autárquico, surpreendeu “os agentes culturais, os artistas e o próprio público”. A activação de projectos e a reconciliação com o sector foi fundamental para a construção do actual paradigma, o de cidade fazedora e criadora de múltiplos e distintos pólos culturais.

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Guilherme Blanc, com formação internacional em políticas culturais, saiu do país e não planeava voltar. Vivia em Londres há cerca de uma década, trabalhava num centro cultural de renome da capital britânica. Tinha uma vida perfeitamente estável. Até que o convite do antigo vereador da cultura, Paulo Cunha e Silva, que não conhecia pessoalmente, colocou tudo em perspectiva. Mais ainda quando assistiu a uma entrevista televisiva dada pelo autarca que visionou a “cidade líquida”. Estava traçado o seu futuro, quando prontamente se identificou com aquele discurso que emanava do écrã.

“Coisa que raramente acontece”, admitiu Guilherme Blanc. Mas, a vontade de fazer parte do projecto cultural de cidade que começava a nascer e a tornar-se evidente, superou as dificuldades da “mudança abrupta” que a vida lhe apresentou.

“CONSTRUIU-SE ALGO MUITO PODEROSO. A CIDADE PERCEBEU ISSO E O PAÍS TAMBÉM

Com um “ritmo frenético” de trabalho que não mais parou, o adjunto do pelouro da cultura da Câmara do Porto, recorda que, ainda sob a condução de Paulo Cunha e Silva, foram promovidas cerca de 400 reuniões em apenas seis meses. Por repetidas vezes, ouviu “eu já não entrava na Câmara Municipal há 12 anos”. Esse trabalho, o de reaproximação aos agentes culturais e artistas da cidade, quando a realidade pré-existente confirmava o “divórcio entre política autárquica e sector cultural”, consumiu boa parte dos primeiros tempos de actividade do gabinete.

Nessa altura, sentiu na pele a desconfiança e o cepticismo, daqueles “que não nos julgavam capazes”. Uma dúvida que rapidamente se dissipou, face ao caudal de projectos que ganharam vida. A etapa de reconciliação e activação estava, definitivamente, alcançada. Com distinção, sublinhe-se.

“ATINGIMOS O NÍVEL DE MATURIDADE DA POLÍTICA CULTURAL DA CIDADE”

Nos primeiros dois anos de mandato, recordou Guilherme Blanc, reabriu-se o Rivoli, propôs-se à cidade “Um objecto e os seus discursos”, desenvolveram-se exposições municipais por diversos espaços da Invicta, para além da âncora fixa da Galeria Municipal. Criou-se um novo modelo para a Feira do Livro, sob organização da autarquia, concertando interesses dos sectores livreiros e editoriais. Passou a debater-se o pensamento no Fórum do Futuro, com convidados internacionais de renome. Em 2015, assistiu-se, com entusiasmo, ao ano piloto do Cultura em Expansão. Entre muitos outros projectos, referenciou o adjunto da cultura.

Este “equilíbrio sólido de intervenção política cultural” permaneceu intacto após o falecimento de Paulo Cunha e Silva. O seu legado, jamais esquecido, mudou para sempre a forma como o Porto se interliga com a cultura, acredita Guilherme Blanc.

SOLIDEZ E CRESCIMENTO 

De facto, assim foi. Nos últimos dois anos, o projecto cultural “ganhou solidez e cresceu”, confirmou recentemente o Conselho Municipal da Cultura, aludiu Guilherme Blanc. Com Rui Moreira no papel de vereador da cultura, “a Galeria Municipal foi profissionalizada, e mais projectos a nível social foram comissariados”. Criaram-se residências artísticas através do programa InResidence (a propósito, uma conceituada revista japonesa dedicou-lhe algumas páginas). Provou-se a “pendularidade” do Cultura em Expansão, excelente promotor da coesão social. Consolidou-se o Fórum do Futuro como projecto singular a nível europeu na produção de pensamento. Atribuíram-se bolsas para projectos culturais, como é o caso do Criatório e do Prémio Paulo Cunha e Silva que, segundo Guilherme Blanc, é “um dos mais interessantes concursos de artes visuais da Europa”.

Lançou-se o PLÁKA, novo projeto de dinamização da prática e da apresentação de arte contemporânea no Porto. Efectivou-se uma nova política de acesso ao cinema no centro da cidade, através do cartão Tripass. Apresentou-se um roteiro para os museus da cidade, sob uma perspetiva policêntrica, o que explica a construção de um pólo museológico no Bairro da Pasteleira. Desenvolveu-se o conceito de arte pública, através de um mapeamento exaustivo de todas as obras que a cidade possui, principalmente a céu descoberto.

Esta forma de fazer cidade, consolidada numa programação cultural estendida a todas as geografias e públicos, muito compraz e orgulha Guilherme Blanc. Parafraseando o deputado municipal da CDU, Artur Ribeiro, rematou que “tudo isto foi possível porque o Senhor Presidente foi um grande vereador da cultura”.

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