Nesse sentido, porfia a vontade de que o município continue o trabalho em rede que tem estabelecido com toda rede da economia social do Porto, prevendo que é possível fazer mais e melhor no estreitamento de parcerias no campo do empreendedorismo social.
Considerando que o Estado central não cumpre com as obrigações no apoio à economia social, e que “nenhum outro país ousou desvalorizar a economia social como Portugal”, Rui Moreira admitiu, esta tarde, que, perante o actual cenário, os municípios são obrigados a intervir. Nessa matéria, acredita, o Porto tem desempenhado com nota positiva o seu papel. No entanto, relembrou as vicissitudes de um passado recente que, no seu entender, dificultaram uma tarefa que, por si só, já é imensa. Com a extinção da Fundação Porto Social, a internalização da estrutura obrigou a uma reorganização interna dos serviços municipais que levou o seu tempo de adaptação.
Um contratempo que não estava previsto, ainda para mais quando, na opinião de Rui Moreira, a Porto Social cumpria a sua missão enquanto entidade agregadora do terceiro sector, promovendo pontes de contacto entre todos os agentes da economia social da cidade.
“ATOMIZAÇÃO EXCESSIVA DAS RESPOSTAS SOCIAIS COLOCA EM RISCO EXECUÇÃO DE PROJECTOS”, AVISA RUI MOREIRA
Questionado na tertúlia sobre a possibilidade de a Câmara do Porto avançar com a criação de um Conselho Municipal para a Economia Social, Rui Moreira, candidato do Nosso Partido é o Porto à autarquia portuense, sublinhou a representatividade que as diferentes instituições do terceiro sector da cidade têm, actualmente, no município. Estão presentes no Conselho Municipal da Cultura, no Conselho Municipal de Economia (Casa dos 24), e no Conselho Local de Acção Social do Porto (CLASP).
Por isso, entende que a “dispersão de recursos e competências pode enfraquecer”, em vez de beneficiar as diversas entidades agregadas ao sector, mesmo aquelas que se enquadram no âmbito do empreendedorismo social. Rui Moreira deu um exemplo. Havendo agora a possibilidade real de o próximo Executivo camarário, seja ele qual for, avançar com a criação da empresa municipal de cultura, o candidato independente está certo de que a programação das actividades culturais pode ainda mais estreitada com os agentes da cidade, algo que até agora é dificultado pelos inúmeros constrangimentos concursais a que o município é obrigado.
Num almoço marcado pela intervenção prévia de representantes de diversas instituições pertencentes ao terceiro sector da cidade, marcou presença o candidato independente à Junta de Freguesia de Paranhos, Paulo Jorge Teixeira, na qualidade de presidente da Cooperativa do Povo Portuense. Fazendo a sua óbvia declaração de interesses, o novo rosto na liderança independente às freguesias da cidade, declarou que “Rui Moreira encara a liberdade intrínseca à própria cidade, a tradição e o saber ouvir” e, por isso, é na sua liderança que deposita o futuro colectivo da cidade, concluiu Paulo Jorge Teixeira.