Analisando a sustentabilidade da cidade através da sua área de actuação, Hélio Loureiro admite que está entusiasta. Os “negócios rentáveis” na hotelaria e na restauração proliferam no Porto e são geradores de emprego e de riqueza. Fica feliz por saber que há cada vez mais turistas que nos visitam e, da mesma forma, que nos equiparem a outras cidades europeias onde o turismo é também significativo.
Sobre a ameaça à autenticidade do Porto e àquilo que são suas tradições, assim o vaticiam vozes pessimistas, Hélio Loureiro manifestou-se perfeitamente tranquilo. Explica porquê. Na sua opinião, “as tradições reinventam-se”. A Francesinha, prato típico da cidade, por exemplo, tem apenas 50 anos de existência. Por isso, não o preocupa que surjam novas tradições, pois a sua existência comprova que a nossa geração deixou algo para a posteridade.
Citando Alexandre Herculano, “no meio de uma nação perdida, mas rica de tradições, o mister de recordar o passado é uma espécie de magistratura moral, é uma espécie de sacerdócio. Exercitem-no os que podem e sabem; porque não o fazer é um crime”.
“O PORTO HÁ-DE SER SEMPRE A ENTRADA, A PORTA PARA O NORTE DE PORTUGAL”
É este o pensamento de Hélio Loureiro que vê também no turismo de negócios potencial de crescimento. Mais ainda quando sabe que, em breve, teremos o centro de congressos que sempre merecemos no Palácio de Cristal.
Convicto de que a oferta hoteleira e da restauração atinge hoje padrões de excelência na cidade, o chefe de cozinha salientou outros pontos a favor que nos distinguem de outras cidades nacionais e internacionais. Desde logo, o sentimento de segurança. E ainda a oferta cultural, cada vez mais aprimorada e diversificada (deu como exemplo os Concertos de música clássica na Avenida dos Aliados).
Ao movimento independente elogiou o sentido democrático. Aqui cabemos mesmo todos. Não há dúvidas de que o Porto é por aqui.