Tais e-mails, que muitos portuenses conhecem, continham mentiras, mas também imagens que, durante a investigação, a Polícia Judiciária e o Ministério Público identificaram como tendo tido origem num Tribunal.
Segunda a notícia hoje publicada no JN, o próprio tribunal atribui a sua autoria a uma jornalista. Quanto às mensagens, e segundo o JN, sabe-se que saíram através da rede informática a da Junta de Freguesia de Paranhos.
A Porto, o Nosso Movimento, congratula-se pelos esforços feitos pela investigação conduzida pelo Ministério Público e operacionalizada pela PJ que o JN detalha. Apoia a decisão da Câmara do Porto de mandar abrir instrução, tentando que os culpados por esta ignóbil forma de fazer campanha eleitoral, sejam levados a julgamento, juntando factos novos ao processo.
As buscas feitas à Junta de Freguesia de Paranhos e noutros locais podem não ter produzido ainda resultados conclusivos, pois quem ordenou e executou esta infame montagem tentando denegrir o nome do presidente da Câmara sabia o que estava a fazer e usou meios poderosos, mas as descobertas feitas pela PJ e que o JN hoje revela são já suficientes para se perceber que é preciso ir mais longe, quanto mais não seja para que não fique suspeita sobre o envolvimento de políticos e jornalistas numa trama desta natureza.
Se há motivo para a existência de uma associação cívica como a nossa, a moralização da vida política é um deles.
Em política e nas campanhas eleitorais, não pode valer tudo. E esta campanha suja, cuja origem se começa a perceber melhor, foi até espontaneamente anunciada por responsáveis políticos numa notícia publicada num jornal de referência.