19 Setembro, 2021

Capricho do Circuito da Boavista já custou muito aos portuenses, diz Rui Moreira

Rui Moreira e apoiantes realizaram, este domingo, uma caminhada matinal no Parque Oriental. Entre os apoiantes “Aqui Há Porto” estiveram Francisco Ramos, presidente da direção da Associação Cívica “Porto, o Nosso Movimento”, e Sérgio Vieira, dois antigos líderes da concelhia do PSD Porto no tempo de Rui Rio. Em declarações à comunicação social no local, o candidato à Câmara Municipal do Porto disse que, se for reeleito, não irá patrocinar o regresso do Circuito da Boavista, devido ao elevado custo do evento para a cidade e pelo facto de o considerar um capricho do seu antecessor na presidência do Município. O Circuito da Boavista, conforme é público, custou cerca de 2,2 milhões de euros aos portuenses (apenas uma edição).

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Em declaração aos jornalistas após ser interpelado sobre a promessa do candidato social-democrata à autarquia, Vladimiro Feliz, de que, caso fosse eleito, voltaria a realizar o Circuito da Boavista, Rui Moreira avisou que, caso seja reeleito, não o voltaria a fazer, devido a este ter “um custo que a cidade provavelmente não pode pagar e se calhar já não precisa”. Segundo o candidato à Câmara Municipal do Porto (CMP), a promessa do PSD faz parte de um “voltar para trás”, feita para “agradar” ao líder do partido, Rui Rio, entusiasta deste tipo de eventos.

“Eu gosto muito por exemplo de vela, mas eu não vou prometer trazer uma regata de ‘tall ships’ por obsessão pessoal, sabendo que isso tem um custo que a cidade provavelmente não pode pagar e se calhar já não precisa”, rematou o atual presidente da CMP, citado pela Lusa.

Sérgio Vieira, que seguia com a comitiva de Rui Moreira confessou que, para ele, a “cidade é mais importante que o meu partido. Portanto, o Porto é mais importante que o PSD” e que, antes de ser social-democrata, é “portuense”, acreditando na defesa intransigente do Porto, com provas dadas, feita pelo atual autarca. Lamentou, então, que o PSD não tenha demonstrado “o mesmo respeito pelo Porto que demonstrou por Lisboa”, salientando que “em Lisboa há candidatura do PSD (…) que pode ganhar a câmara”, enquanto que “aqui no Porto o PSD quis somente marcar presença para ter um quadrado no boletim de voto”.

Questionado sobre se partilhava a opinião de Sérgio Vieira, Rui Moreira escusou “por questões de ‘fair-play’” qualquer comentário, no entanto reforçou que é “absolutamente crucial” o Grupo de Cidadãos Eleitores “Aqui Há Porto” conseguir conquistar a Junta de Freguesia de Paranhos, devido ao “posicionamento das várias forças políticas que (…) dizem que não estão interessadas em soluções de governação conjunta”.

Francisco Ramos, que também acompanhava a comitiva, aproveitou ainda para dizer que estava com Rui Moreira  “desde há oito anos”, após ter discordado da escolha do candidato ao Porto e saído do partido. Saiu “para defender os interesses do Porto”, e foi por isso que esteve “desde a primeira hora na construção deste movimento independente, liderado pelo Doutor Rui Moreira”. Acompanhava agora o candidato com “a satisfação de ver que a cidade evoluiu nestes últimos anos”, assim como pelo “Porto também ter sido mais um caso pioneiro, nesta feita na construção de um movimento independente”, que libertou a cidade “das amarras e dos diretórios partidários”.

A caminhada pelo Parque Oriental, idealizado pelo arquiteto paisagista Sidónio Pardal, que também projetou o Parque da Cidade, estendeu-se por uma área que foi duplicada em 2019, passando de oito para cerca de 16 hectares. Tamanho suficiente para receber, no mesmo ano, o UNITE with Tomorrowland, espetáculo que reuniu mais de 15 mil pessoas no espaço. Dispõe hoje de mais de 2.500 novas árvores e de um caminho pedonal e ciclável de cerca de 3km de extensão.

E, no que à dinamização rotineira do parque diz respeito, refira-se que, todos os domingos, recebe o programa Domingos em Forma, promovido pela empresa municipal Ágora – Cultura e Desporto do Porto. A adesão à iniciativa, de cariz gratuito, tem sido um verdadeiro sucesso, já que as vagas estão sempre todas preenchidas, por pessoas de todas as idades.

A par disso, os municípios do Porto e de Gondomar, num esforço conjunto com outras entidades, despoluíram o rio Tinto, ativo ecológico que apresentava elevados níveis de toxicidade há largos anos, valorizando assim todo o ecossistema do Parque Oriental.

O ambiente é uma das grandes preocupações de Rui Moreira, e é por isso que o novo Plano Diretor Municipal (PDM), aprovado na Assembleia Municipal do Porto em maio deste ano, distingue-se por priorizar as questões ambientais e a sustentabilidade, visando o aumento da qualidade de vida dos cidadãos, e partindo ainda de um esforço coordenado de adaptação do território aos desafios das alterações climáticas. Com efeito, o novo PDM prevê 404 hectares de áreas verdes públicas, além de dar relevo à expansão das áreas verdes, e à qualificação e desentubamento das ribeiras.

A ação de campanha continuou no Bairro Agrupamento do Falcão e Agrupamento Habitacional do Falcão, onde o Município do Porto realizou grandes obras de requalificação neste mandato, incluindo no espaço público do Bairro do Falcão. O investimento na grande requalificação dos bairros em regime de renda apoiada entre 2014 e 2021 foi de 153 milhões de euros.

O Bairro Agrupamento do Falcão é constituído por 173 fogos onde residem 394 pessoas. Já o Agrupamento Habitacional do Falcão contempla por 397 fogos onde moram, atualmente, cerca de 900 pessoas. Irá ainda integrar o traçado do futuro Parque da Alameda de Cartes que, além deste bairro, atravessará o Bairro do Cerco e o Bairro do Lagarteiro, abrangendo ainda a área de expansão do Parque Oriental.

Ao serviço da população, está, nas imediações deste agrupamento habitacional, a Horta da Oliveira, a maior horta urbana municipal que já dispõe de 80 talhões, e vai ainda expandir-se acolhendo 19 novos talhões. Lugar propício ao convívio intergeracional, as hortas urbanas, têm, acima de tudo, a vantagem de propiciarem aos seus beneficiários uma alimentação saudável, fruto da colheita de produtos biológicos, e uma poupança nas despesas do supermercado.

Também na educação, a Escola Básica do 1.º Ciclo e o Jardim de Infância do Falcão têm programado um investimento municipal superior a 1,2 milhões de euros para a sua requalificação, dotando o equipamento de melhores condições de conforto para alunos, docentes e funcionários, novas zonas de lazer, e uma forte aposta na sustentabilidade, com a inclusão de coberturas verdes, por exemplo, resultado do primeiro projeto LIFE financiado do Município – my Building is Green.

Este novo espaço verde tem na sua origem o projeto europeu URBiNAT, que consiste na definição de corredores saudáveis, aproveitando, fundamentalmente, soluções de base natural. O processo contou com uma ampla auscultação e participação da população local, que contribuiu entusiasticamente para o desenho destes percursos, a fim de que um dos objetivos principais do Município para o Parque da Alameda de Cartes estivesse garantido: promover a mobilidade pedonal nesta zona e vencer a barreira física da VCI. O investimento neste novo parque de 4 ha rondará os 1,5 milhões de euros.

À semelhança do que tem vindo a concretizar noutros bairros sociais, a Câmara Municipal do Porto está a investir na requalificação do espaço público do Bairro do Falcão, pois além da recuperação do edificado, também reconhece a necessidade de garantir a qualidade do espaço público envolvente.

Ao serviço da população, está, nas imediações deste agrupamento habitacional, a Horta da Oliveira, a maior horta urbana municipal que já dispõe de 80 talhões, e vai ainda expandir-se acolhendo 19 novos talhões. Lugar propício ao convívio intergeracional, as hortas urbanas, têm, acima de tudo, a vantagem de propiciarem aos seus beneficiários uma alimentação saudável, fruto da colheita de produtos biológicos, e uma poupança nas despesas do supermercado.

A Escola Básica do 1.º Ciclo e o Jardim de Infância do Falcão têm programado um investimento municipal superior a 1,2 milhões de euros para a sua requalificação, dotando o equipamento de condições de melhores condições de conforto para alunos, docentes e funcionários, novas zonas de lazer, e uma forte aposta na sustentabilidade, com a inclusão de coberturas verdes, por exemplo, resultado do primeiro projeto LIFE financiado do Município – my Building is Green.

Bem perto também do Bairro do Falcão localiza-se o Complexo Desportivo de Campanhã, que, atualmente, além de aberto à comunidade, está a servir de campo de treino ao Sport Comércio e Salgueiros, histórico clube da cidade com o qual o Município do Porto celebrou um contrato de cedência de utilização.

A substituição do relvado sintético, que apresentava sinais evidentes de desgaste fruto desta intensa atividade, foi já determinada pela Assembleia Municipal do Porto, que aprovou por unanimidade a proposta do Executivo Municipal de Rui Moreira em apoiar financeiramente o clube, num montante máximo que ronda os 141 mil euros, para a realização desta despesa.

A ação de campanha terminou, com muita animação, no café do bairro.

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