IDEIAS CONCRETAS PARA GERIR O SUCESSO DA CIDADE
Rui Moreira começou por dizer que, já no mandato do seu antecessor, a cidade começava a dar sinais de mudança, com o turismo a assumir o papel de impulsionador. Hoje, volvidos quatro anos, entende o candidato independente que é consentâneo que o turismo cresceu e “tem uma dimensão que não tinha antes” na economia da cidade, contribuindo para o incremento do emprego não qualificado e para a reabilitação urbana.
A pegada turística – concorda – levanta novos desafios à cidade, sobretudo centrados na “gestão do sucesso”, acredita Rui Moreira. Gerir o sucesso significa pois, neste contexto, falar de sustentabilidade. Para esta área, o movimento independente propõe a criação da taxa turística (cuja receita deve rondar cerca de sete milhões de euros por ano). A regulação do alojamento local, que obriga a medidas de carácter nacional. A promoção de uma maior mobilidade na cidade, que já deu o primeiro passo com a regulação dos transportes turísticos (o Município do Porto foi pioneiro na aplicação da lei). Ou ainda, melhorar a eficácia do sistema de recolha de lixo, cujo contrato de concessão termina este ano e, que Rui Moreira garantiu, “será municipalizado”.
Com a receita da taxa turística, os problemas que a cidade agora enfrenta com a pegada do turismo serão mitigados, porque, reforçou Rui Moreira, caso seja eleito presidente de Câmara vão ser investidos na qualidade de vida dos cidadãos. Por isso não entende quando o Bloco de Esquerda propõe a moratória na construção de hotéis, algo que “só vai agravar a especulação imobiliária”. “Não queremos fechar o aeroporto ou dizer que não queremos mais turistas”, acrescentou.
“O INVESTIMENTO PÚBLICO NA METRO E NA STCP PAROU DURANTE DEZ ANOS”
Quando convidado a explicar a sua política de mobilidade, Rui Moreira assinalou uma evidência. “A cidade tem mais trânsito, porque é mais interessante, segura e confortável e atrai um maior fluxo de gente”. E lembrou que não é só pelo turismo, há também um forte tecido empresarial que se tem instalado no Porto.
Recordou a força que, enquanto presidente e defensor dos interesses da cidade, teve na resolução da construção da linha rosa do metro que vai avançar e na municipalização da STCP. Aludiu ainda ao Terminal Intermodal de Campanhã, uma obra que se inicia finalmente em 2018 após cerca de 14 anos de espera.
“Temos de construir linhas de metro onde há gente”, entende Rui Moreira, acrescentando sobre a matéria que a sustentabilidade da cidade também se constrói pelo incentivo à maior utilização de transportes públicos. Não só a pegada ambiental será menor, como também a própria qualidade de vida é valorizada.
A CULTURA, O CIMENTO DE TODOS OS PILARES DA CANDIDATURA INDEPENDENTE
Quando é reconhecido por todos o salto de gigante que o movimento independente imprimiu na cultura da cidade, cria dificuldades a Rui Moreira fazer o balanço do que foi feito. O que o candidato garante é a continuidade do trabalho em curso, e o alargamento de programas inclusivos e promotores de coesão social, como o Cultura em Expansão.
Finalizou Rui Moreira dizendo que o Museu da Cidade está a ser construído num bairro social e que o Cinema Batalha será devolvido aos portuenses.
O QUE CONTA É O VOTO NO DIA 1 DE OUTUBRO
Não são sondagens favoráveis ou menos favoráveis que preocupam Rui Moreira. Para o candidato independente é no dia 1 de Outubro que os verdadeiros resultados aparecerão. Por isso, apelou neste debate (que reuniu para além do candidato do Nosso Partido é o Porto, os adversários do PS, Porto Forte, CDU, Bloco de Esquerda e PAN) que a última semana de campanha seja fundamentalmente para “discutir o futuro da cidade”.