O Centro Social do Exército de Salvação (CSES) é um Instituição Particular de Solidariedade Social sem fins lucrativos que, um pouco por todo o país, tem estabelecido acordos bilaterais com a Segurança Social, Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia e outras entidades públicas e privadas. Face ao contexto atual, o foco tem sido o combate ativo contra a pobreza, do Porto ao Algarve, através do acompanhamento diário a centenas de famílias carenciadas.
Os dirigentes do Porto, o Nosso Movimento foram recebidos pelos profissionais da IPSS, mas também por vários utentes do Centro de Dia que fizeram questão de partilhar ideias e anseios sobre a cidade. Filipe Araújo, Presidente do movimento independente, referiu várias melhorias levadas a cabo na zona de atuação da instituição, especialmente em Ramalde. Foram referidas intervenções em várias áreas, como por exemplo o parque de skate ou o novo campo de futebol, no antigo INATEL. As melhorias foram saudadas pelos utentes do centro que aproveitaram a oportunidade para lembrar outros locais que podem ser alvo de intervenção.
Saliente-se que, na cidade Invicta, o CSES apoia um número relevante de pessoas, especialmente em duas áreas. No centro de dia, a instituição dá resposta a 35 utentes, através do protocolo assinado com o Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social. No apoio domiciliário já são 60 as pessoas a beneficiarem dos serviços do Exército de Salvação, nomeadamente ao nível da higiene pessoal, refeição e higiene habitacional. O Centro Comunitário do Porto iniciou a sua atividade em 1983, com a valência de Centro de Dia, embora já existisse em funcionamento, no mesmo espaço, o Exército de Salvação, enquanto igreja.
“Gostamos de receber bem e estamos de portas abertas para todos”, lembram as responsáveis da IPSS e dão um exemplo: “Somos a única comunidade cristã da zona e, por isso recebemos vários contactos. Por exemplo, neste momento cedemos e acolhemos encontros de uma comunidade nepalesa cristã que não dispõe de outro espaço para se reunir”. Por seu lado, o líder do Porto, o Nosso Movimento enalteceu esta postura, considerando-a mesmo fulcral no momento que vivemos: “Esta abertura das instituições do Porto é fundamental porque promove e facilita a integração de pessoas de outras latitudes na nossa comunidade e na nossa cidade”.
Com efeito, o Porto atravessa um momento de grande capacidade de atração, pelo que tem recebido cada vez mais pessoas de outros países que procuram a Invicta e aquilo que a cidade oferece. “É muito importante conseguirmos integrar bem estas pessoas. Aliás, queremos trabalhar no sentido de promover aulas de português para cidadãos estrangeiros, já que a língua é uma ferramenta imprescindível para uma integração plena”, adianta Filipe Araújo.
O Exército de Salvação está presentemente a trabalhar e a servir em 134 países. Em Portugal, a instituição possui dois lares para idosos, um lar para crianças em risco, um centro-de-dia para idosos, dois programas de apoio domiciliário, um centro de acolhimento para os sem-abrigo, distribuição de sopa três noites por semana, e um centro comunitário que providencia comida e roupa para os necessitados.