É talvez um dos traços mais distintivos deste programa: a identidade. Através dela, o OUPA!, ao longo de dois anos e meio de actividade, já estimulou o sentimento de pertença de dezenas de jovens de diferentes geografias da cidade. Geografias essas habitualmente distanciadas do próprio Porto. Foi precisamente partindo dessa constatação que, em 2015, nasceu a primeira residência artística OUPA!, no Bairro do Cerco, sob a direcção dos artistas portuenses Capicua e André Tentúgal.
Após o bem sucedido projecto no Cerco, que deixou lastro com a fundação de uma associação juvenil por parte dos participantes pioneiros, seguiu-se Ramalde em 2016. Organizaram-se oficinas de escrita, produziu-se música, fez-se vídeo e performance. Actuou-se no Rivoli. Nasceu um grupo. Mais outro. Um grupo de jovens que, unidos pela palavra e pela música, simbolizam a “diluição de barreiras culturais e vivenciais entre o bairro e a cidade”, um dos desideratos expressos pelo projecto.
“SE UMA ROSA NASCESSE NUM QUARTO ESCURO ACREDITARIAS?”
Foi este grupo, o OUPA! Ramalde, que animou a tarde de 1 de Julho nos jardins do Palácio de Cristal, num momento que ditou o arranque da candidatura do movimento independente à cidade do Porto em 2017. Um conjunto de jovens artistas que, naquele palco da Avenida das Tílias, personificaram dois dos pilares que Rui Moreira sempre defendeu na governância da cidade, e que se interligam entre si: a Cultura e a Coesão Social.
Actualmente, a residência artística do OUPA! trabalha com um terceiro grupo, no bairro da Pasteleira.