O que garantiu, sim, foi uma política de cidade assente na cultura, pilar fundador da sua candidatura, e a manutenção das contas à moda do Porto. “O que foi derrotado, foi a proposta do PSD que prometia essas obras”, referiu.
O debate foi divido em duas partes. A primeira decorreu em canal aberto, na SIC, antes de passar para o canal de cabo da estação.
Acusado por Ilda Figueiredo de que “as obras que prometeu não saíram do papel”, Rui Moreira desfez a declaração da candidata da CDU, demonstrando que obras como as do Mercado do Bolhão, do Terminal Intermodal de Campanhã, do Palácio de Cristal, ou do Matadouro, estão em curso, ou vão avançar muito em breve. “Em consciência, não desiludimos os portuenses”, afirmou o candidato independente, recordando que essas obras eram esperadas pela cidade há décadas e que ninguém as tinha feito, mas agora estão em curso.
Confortável neste e nos outros temas aflorados ao longo de uma hora e meia de discussão de cidade, como a habitação, a reabilitação urbana, o turismo ou a mobilidade, Rui Moreira, condicionado aos limites de tempo próprios a qualquer debate, partilhou, em linhas gerais, as ideias que o movimento independente preconiza. E apresentou o seu argumentário face a controvérsias dos seus adversários políticos (Manuel Pizarro, do PS; Álvaro Almeida, Porto Autêntico (PSD/PPM); Ilda Figueiredo, da CDU; e João Teixeira Lopes, do Bloco de Esquerda).
No encontro, que teve a duração aproximada de 90 minutos, divididos entre a SIC generalista e a SIC Notícias, o Nosso Partido é o Porto retirou uma conclusão fundamental. No debate, discutiu-se “a gestão do sucesso da cidade”. Um paradigma que não existia em 2013, mas que, timidamente, começava a despontar. Volvidos quatro anos, em 2017, a cidade é mais interessante e confortável e, por essa razão, enfrenta novos desafios, transversais aos diversos sectores da esfera municipal.
Na parte final do debate, Rui Moreira explicou ainda porque razão não esteve no debate da TVI, lembrando que sempre disse que participaria em quatro, o dobro de há quatro anos e menos do que o seu antecessor ou qualquer presidente no poder. E, justificou ainda, “a forma como decorreu esse debate, justifica a razão de eu não ter ido”.
2ª parte do debate (SIC Notícias)