Para Rui Moreira, estes indicadores devem ser analisados à luz de um pensamento alargado sobre a cidade. Reconhecendo nestes resultados o mérito das forças policiais e as operações do Centro de Gestão Integrada, o edil faz deles também uma interpretação política.
Como explica, à medida que a movida se foi intensificando, a circulação de pessoas no centro do Porto durante a noite também. Consequentemente, o sentimento de segurança cresceu, alimentando-se, ele próprio, nesta lógica circular. Para este contexto, contribuiu ainda o serviço de metro que aos fins de semana opera 24 horas por dia. De acordo com Rui Moreira, a tranquilidade que esta medida traz aos pais de muitos jovens que, nas suas saídas nocturnas passam a privilegiar este transporte em detrimento das próprias viaturas, é real. Mas não só. Fruto da intensa oferta cultural e artística que a cidade respira, os portuenses têm palmilhado todas as geografias da cidade, havendo um maior número de cidadãos a descobrir recantos que no passado estavam confinados ao abandono.
“A redução nos índices de criminalidade deve-se, muito, ao aumento de frequência dos espaços públicos” e aos “ganhos de qualidade de vida”, conclui o presidente da Câmara, interligando ainda os resultados deste estudo à promoção da coesão social.
Estes dados, tornados públicos pelo Jornal de Notícias, revelam ainda que no campo dos furtos de veículos automóveis e motorizados, e nos furtos em residências, também se verificaram quebras significativas da criminalidade. Em contraponto, apenas os furtos por carteiristas conheceram um ligeiro aumento, concretamente de 31 crimes face aos 1035 registados no ano de 2015.