Alvo de novas políticas de arquitectura paisagística, confluentes com um melhor e mais aprazível aproveitamento dos espaços verdes, o Porto está a voltar-se para os jardins. Num artigo recente do jornal Público, que testemunha esta nova realidade, a notícia começa por referir que “são muitas as pessoas que numa tarde de sol enchem alguns dos jardins das várias praças da Baixa portuense que até há alguns anos estavam vazias”, descrevendo a afluência de portuenses e turistas no jardim das Virtudes, na praça de Lisboa (comummente designado de Jardim das Oliveiras) e na praça do Infante.
Trendy é uma palavra que começa a reverberar. O Porto está na moda, a sua marca ganha projecção internacional e as boas práticas europeias de utilização dos jardins começam a ganhar relevo, agora que os Jardins de São Lázaro, Marquês, Virtudes, Sarah Afonso e Praça de Liège sofreram intervenções de melhoramento e de requalificação. Para breve, estão referenciadas obras de requalificação dos jardins do Palácio de Cristal e da Praça da República.
Para os cidadãos de “palmo e meio” há também novos e requalificados equipamentos. Consentâneos na oferta diminuta dos parques infantis na cidade (no total o Porto dispunha de 16 espaços), em 2015 o município avançou com a criação de mais parques infantis. Num investimento que ultrapassou um milhão de euros, foram construídos mais 15 parques por todas as freguesias da cidade, ascendendo a actual oferta a 31 parques infantis.
A aposta nas coberturas verdes é outra démarche que a autarquia tem prevista e que, nesse sentido, já se encontra em fase de estudo. Através do Projecto Quinto Alçado, em parceria com a Associação Nacional de Coberturas Verdes (ANCV), que no seu grupo de trabalho alargado junta investigadores e autarcas de cidades como Londres e Linz, referências internacionais de peso na área de estudo, pretende-se estabelecer qual o modelo de infraestruturas verdes mais apropriado para a cidade. Por enquanto, este exemplo de cobertura está patente na Praça de Lisboa e na estação de metro da Trindade. De acordo com vereador da Inovação e Ambiente, Filipe Araújo, a médio prazo a intenção é que o mapa urbanístico da cidade receba mais infraestruturas semelhantes a estas.