21 Setembro, 2021

Bonfim: Uma “incubadora” de crescimento e competividade

Rui Moreira visitou esta manhã, no Bonfim, a Infaspeak, a Körber e a Tonic App, empresas que evidenciam o surgimento de um conjunto de incubadoras geradoras de emprego qualificado nesta zona da cidade, assim como a M.Ou.Co., um novo espaço cultural e hoteleiro que alia o bem-estar à música. O percurso continuou pelo Bairro da Lomba, um dos mais antigos e emblemáticos bairros da cidade, terminando no ARDA MUSIC HUB, um centro de indústria musical, que alberga agora a fonoteca municipal.

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A entrada do número 283 da Rua do Heroísmo dá para um extenso largo ajardinado. A fachada engana. Quem passa na rua não imagina que é aqui que um conjunto de novas empresas, criadas no Porto ou a apostar na cidade, se projetam globalmente, apresentando um crescimento substancial nos últimos anos. Trata-se de uma “incubadora” de negócios, que demonstra a forte aposta de Rui Moreira no crescimento, na inovação e na competividade na região.

O candidato e atual autarca visitou hoje estas instalações, numa visita que pretendeu fazer um diagnóstico da competividade empresarial da cidade.

Rui Moreira visitou a Körber Porto

A visita iniciou-se na Körber Porto, uma parte da Körber, um grupo empresarial internacional que opera na área da tecnologia, e que soma cerca de 10 mil funcionários em todo o mundo. A empresa é responsável por estabelecer o contato entre mais de 100 companhias comerciais e de serviços, desenvolvendo produtos baseados na Inteligência Artificial (IA), com a missão de “transformar a produção a nível global”.

Fundada em março de 2020, a Körber Porto iniciou as suas operações em pleno confinamento, implementando uma política de trabalho remoto flexível, a qual pretende continuar a usar no futuro. Define-se a ela mesma como uma “casa para os empreendedores trabalharem todos os dias na criação de user friendly Software as a service (SaaS), baseados em AI, que pretendem aumentar a eficiência da produção”.

Rui Moreira visitou a Infraspeak

Percorrendo-se alguns passos para a direita, encontra-se a Infraspeak, uma companhia de tecnologia que também opera neste espaço e que se encontra em crescimento exponencial, sendo responsável pela criação de uma plataforma de gestão inteligente de infraestruturas. A companhia foi criada em 2015, no Porto, por dois estudantes da FEUP, Felipe Ávila da Costa e Luís Martins, e, logo no ano seguinte, atingiu um valor de vendas superior a 140 mil euros, crescendo 282% em número de clientes e 243% em faturação. Nos últimos seis anos, cresceu globalmente, empregando agora mais de 100 funcionários em quatro países: Portugal, Brasil, Espanha e Reino Unido.

A Infraspeak tem como missão facilitar a gestão de infraestruturas, dotando as equipas de coordenação da tecnologia que elas necessitam para que esta gestão seja mais fluida e rápida, permitindo-lhes ultrapassar os seus desafios operacionais. De momento, ajuda mais de 400 clientes a gerir 45.000 edifícios de médias e grandes empresas de variados campos profissionais, como hospitais, aeroportos e centros comerciais. A empresa presta serviços para várias localizações ao redor do mundo, como Portugal, Espanha Reino Unido, Hong Kong, Brasil, África do Sul e Chile, entre outros.

À direita, e antes de subir as escadas, a comitiva de Rui Moreira deparou-se com um caricato móvel, cheio de garrafas de cerveja com rótulos distintos. Para celebrar o seu crescimento, os colaboradores da Infraspeak abrem uma cerveja com cada cliente, colocando-a depois neste expositor. Este ritual faz parte da festa que se vivencia na empresa, do seu carácter jovem e da sua vontade de crescer.

 

Rui Moreira visitou a Tonic App

A visita continuou no segundo piso, onde alguns dos funcionários da Tonic App trabalhavam em escritório aberto. Esta empresa foi fundada por Daniela Seixas, médica e ex-professora auxiliar da FMUP, que ainda a dirige. O projeto foi já apontado pela revista Forbes como um dos projetos mais disruptivos liderados por mulheres e em que vale a pena investir: “The Hottest HealthTech Startup”.

A Tonic App é responsável pela criação da app mais utilizada por clínicos em Portugal, conhecida como “Google para médicos”, e a qual reúne, num único sítio, todas as ferramentas necessárias à prática clínica diária. O segmento de mercado em que se insere move milhões de euros em todo o mundo todos os anos.

Rui Moreira visitou o Hotel M.Ou.Co

A visita continuou pelas ruas do Bonfim, em direção a um projeto empreendedor que pretende aliar música, lazer e conforto. O M.Ou.Co., novo espaço cultural e hoteleiro, que abriu recentemente, resulta de um investimento privado de oito milhões de euros, mais um exemplo da capacidade de atratividade da cidade do Porto e, em particular, do Bonfim, onde já se pode falar numa nova centralidade.

O projeto, cuja vertente hoteleira é a primeira do país a adotar um conceito multidisciplinar, tem programação própria, com uma forte componente musical. Na inauguração do espaço, atuaram músicos e bandas do Porto como Manel Cruz, Capicua e Best Youth.

No final da visita a este espaço multidisciplinar, Rui Moreira, na esteira de uma declaração de Rui Rio, numa ação de campanha, na qual afirmou que o atual presidente não tinha “força política” para se impor face ao Governo, argumentou que “quem devia ter força política é ele, que deveria ser líder da oposição se não andasse permanentemente encostado a tentar ser ministro de alguma coisa de António Costa”.

“Eu não sou líder da oposição, sou apenas o presidente da Câmara do Porto que pretende ser reeleito”, rematou.

Questionado então sobre TAP, exemplo dado pelo líder de PSD ao criticar a falta de “força política”, Rui Moreira disse que sempre considerou o negócio “um desastre”. “Privatizaram mal porque privatizaram um negócio e deixaram os portugueses ficar com a dívida”, admitiu. Observou então, ainda sobre outro ataque da oposição, que o acusou de destruir as “marcas do Porto”, que não sabia a que marcas a oposição “se está a referir”.

“Quando cheguei à cidade do Porto não tinha marca e nós apostámos numa marca. Havia um logótipo da cidade, mas não havia uma marca. Nós mudámos o logótipo da cidade. Se ele gostava do logótipo da cidade, logótipo que encomendou, salvo erro, ao Dr. Branquinho, em que era um disco voador em cima da torre dos clérigos, pode sempre voltar a fazê-lo caso [o PSD] ganhe as eleições”, afirmou.

Aproveitou para relembrar ainda que o seu verdadeiro adversário não é Rui Rio, mas sim Vladimiro Feliz, a escolha social-democrata para o Porto. “O Dr. Rui Rio julgo que não vai aparecer no próximo debate comigo, mas julgo que vai aparecer o engenheiro Vladimiro Feliz. O engenheiro Vladimiro Feliz quer fazer o favor ao Dr. Rui Rio de fazer a cidade ser o que era em 2011. Tentar privatizar as águas e falhar, tentar privatizar o Silo Auto e falhar, gastar dinheiro no projeto do [Pavilhão] Rosa Mota e não fazer nada, deixar o [Mercado do] Bolhão a cair e não fazer nada. Fazer umas corridas de carrinhos”.

Sobre o Hotel M.Ou.Co, Rui Moreira destacou-o como sendo um exemplo de “empreendedorismo”, ao adotar um conceito multidisciplinar, com programação própria e com forte componente musical. Aproveitou ainda para, recorrendo a um estudo da EY que abarca o período de 2015 e 2018, apresentar alguns números sobre o crescimento deste vertente na cidade, ao evidenciar que neste período só as ‘start-up’ criaram mais de 7.000 empregos na cidade, registando um volume de negócio de 28%.

Rui Moreira visitou a zona da Lomba

A caminhada continuou pelo Bairro da Lomba, um dos mais antigos e emblemáticos bairros da cidade, onde Rui Moreira foi recebido com o carinho e o elogio dos residentes, ouvindo algumas das suas sugestões para aquela parte da cidade. Os moradores deste bairro sempre foram muito exigentes como o Executivo, como relembra o atual autarca da freguesia, José Manuel Carvalho, o que e visível na melhoria deste bairro nos últimos anos.

Com efeito, o trabalho desenvolvido pela Associação dos Moradores da Lomba com a Câmara Municipal do Porto, nomeadamente nas áreas sociais e do desporto, tem contribuído para melhorar o bem-estar dos residentes do bairro. Uma das melhorias prendeu-se com a reabilitação do ringue desportivo em 2018, num investimento municipal que rondou os 35 mil euros.

Um dos membros da associação, Ricardo Martins, chamou Rui Moreira para visitar o pequeno jardim que ali se encontrava. Uma vez no espaço, e após fazer algumas sugestões ao candidato, contou a história de quando Rui Rio, nas suas primeiras eleições, visitou aquele espaço, ter prometido arranjar a rua em frente ao parque, já com problemas. Segundo o morador, Rui Rio anotou a promessa e “meteu-a no casaco”. “Ao fim de quatro anos, veio outra vez cá, e ia com a mesma letra, e eu disse: «Ó Sr. Doutor (…), não é para o meter no casaco, que o senhor da outra vez levou o casaco para a lavandaria e agora não temos nada”.

Voltando-se para Rui Moreira, disse-lhe que ele tinha lá ido mas que não “prometeu nada”, no entanto um dia estavam “para ir trabalhar e ouvíamos as máquinas”. “É essa a diferença”, confessou então o morador, “é por isso que eu gosto dele”. Perguntado então sobre se o Porto estava melhor agora ou na época do Rui Rio, o morador disse que “isso nem se pergunta”.

No final, e após mais algumas palavras de apreço, José Manuel Carvalho, atual autarca do Bonfim, observou então que “o Sr. Ricardo Martins é um precioso auxiliar no trabalho da junta de Bonfim”.

Rui Moreira visitou a fonoteca municipal, nos estúdios ARDA

A comitiva de Rui Moreira fez-se então de novo ao caminho, percorrendo as ruas estreitas daquele bairro. O percurso acabou por desembocar no ARDA MUSIC HUB, um centro de indústria musical que acolhe artistas em gravação de discos. Foi este o espaço escolhido pela Câmara do Porto para alocar a nova fonoteca, que oferece agora ao público um espólio de cerca de 35.000 discos, os quais estavam empacotados no Museu Municipal. O catálogo está a ser atualizado e pode ser visitado onlineaceitando doações de vinyl.

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