Fomos hoje surpreendidos com um artigo no jornal Público onde as suas fontes socialistas dizem – e sublinham – que o PS está preocupado que haja menos pobres no Porto, pois acha que isso está a prejudicar eleitoralmente a esquerda e a extrema-esquerda na cidade.
Interpreta esse “PS Porto” que isso se deve ao facto de estarem a sair pessoas da cidade. Acontece que esse dado contraria a realidade e as estatísticas oficiais do INE, que demonstram que o Porto – pela primeira vez em 50 anos – está novamente a ganhar habitantes. E mostram que o desemprego também está a cair, consistentemente desde 2014.
Há menos pobres no Porto, é verdade, fruto da conjuntura nacional do País e, pensamos nós, para isso terá contribuído também a governação de António Costa e do PS; fruto da iniciativa privada que a extrema-esquerda odeia, mas a que o “PS Porto” agora quer para formar uma nova geringonça. E fruto, também, da dinâmica económica e social que o Executivo de Rui Moreira conseguiu implementar.
Agora esse “PS Porto” quer mais miséria no Porto pois, só assim, na visão pequenina de alguns dirigentes e putativos candidatos socialistas, conseguiria derrotar a governação independente e derrotar o sucesso das nossas políticas sociais.
O Porto governado por Rui Moreira é hoje uma cidade muito melhor em muitos aspetos. E é diferente da cidade endividada e em declínio acentuado de população, que durante décadas empurrou para fora das suas fronteiras ou para bairros sociais mal construídos, esvaziando o Centro. Diferente da que Rui Moreira herdou, com níveis elevados de desemprego, em decadência urbanística, sem cultura e sem horizontes.
A cidade em 2020 é melhor. Tem mais habitantes, tem Mundo e tem conseguido combater a pobreza. Fruto, repita-se, da iniciativa privada, do esforço dos portuenses, da governação de Rui Moreira e, pensávamos nós, também da governação do país e de António Costa. Mas este “PS Porto” quer um Porto pobre e miserável que, com o apoio de radicais de esquerda, lhe permita cumprir um desígnio de poder.
Um dia, em pleno PREC, Otelo Saraiva de Carvalho terá dito ao Primeiro-Ministro sueco, que estava a tentar acabar com os ricos em Portugal. Olof Palme, um brilhante social-democrata, respondeu-lhe que a Suécia estava, desde o fim da II Guerra Mundial, a tentar acabar com os pobres. Temos muitas saudades de Olof Palme. Não temos nenhumas saudades de Otelo.
Moral da história: há um socialismo democrático que quer redistribuir riqueza; e há um outro socialismo que, para mandar, quer fazer de nós todos equalitariamente pobres.