Não era um local óbvio, mas foi precisamente essa característica que fascinou Rui Moreira. Estava descoberto o espaço para o Museu da História da Cidade, no reservatório de água do Parque da Pasteleira. Um projecto que, analisado à lupa, envolve os quatro pilares da candidatura de Rui Moreira.
Senão vejamos. Este “era o pólo cultural que faltava à cidade”, disse Rui Moreira. A cultura, pilar fundador e estruturante do movimento independente, reconhece neste espaço todas as virtudes. Primeiro, porque reúne espólio da autarquia nunca antes visto, de forma organizada ao grande público. Concomitantemente, contribui para o desenho de um mapa de equipamentos culturais que se quer descentralizado.
A PERGUNTA IMPÕE-SE: SERIA ALGUMA VEZ IMAGINÁVEL QUE O MUSEU DA HISTÓRIA DA CIDADE SE PUDESSE ERGUER NO BAIRRO DA PASTELEIRA?
Ao nível da coesão social, entende Rui Moreira que o equipamento, por tudo aquilo que representa sobre a história do Porto, vai sem dúvida contribuir para o reforço do sentimento de pertença da comunidade, numa zona socialmente fragilizada.
Quem frequenta o Parque da Pasteleira sabe também que existe uma cafetaria que se encontra desactivada. Com a abertura do centro interpretativo, o espaço da autoria de Siza Vieira vai reabrir. É a economia em funcionamento, numa cidade que toda ela quer ser centro.
Chegados ao quarto e novo pilar da candidatura de Rui Moreira, a sustentabilidade, percebemos que esta construção vai produzir um impacto ambiental ambiental positivo. Isto porque o projecto contempla a colocação de uma cobertura verde ao nível do solo, uma vez que o Museu está nascer abaixo da superfície do jardim.
O Museu da Cidade abre ao público em Outubro de 2018. O investimento da autarquia neste equipamento rondou os 700 mil euros. É obra feita.
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