Rui Moreira também fez uma resenha da última campanha eleitoral, dizendo que foi mais dura e difícil. “há quatro anos houve um conjunto de cidadãos que votou em nós defensivamente. Desta vez, o voto foi mais pela positiva. Gostando mais ou gostando menos, as pessoas já nos conheciam”, afirmou.
“Não podíamos correr riscos e estávamos sujeitos a uma enorme pressão mediática, com uma comunicação social particularmente hostil”, disse Rui Moreira, que lembrou a força da sua página de Facebook, que foi importante para contrapor a “presença constante de governantes no Porto”, que se esqueciam do seu papel.
Rui Moreira afirmou ainda que outro dos segredos da sua campanha foi “não correr riscos”, agradecendo a todos os apoiantes pela forma como estiveram ao seu lado.
Fez, depois, um resumo do que tem sido o seu mandato, nestes dois primeiros meses, salientando a coesão da sua equipa de vereadores executivos que, aliás, estavam todos ao seu lado na mesa.
Sobre a criação da nova associação, Rui Moreira disse que se “sentia a necessidade de um espaço de debate sobre a cidade que perdurasse para além dos períodos de campanha eleitoral”. Na verdade, como fez questão de assinalar, nos primeiros quatro anos após a vitória inédita de um grupo de cidadãos independentes ao Município do Porto, verificou-se de certa forma esse vazio. “Se calhar, já a devíamos ter criado há quatro anos”, admitiu.
Francisco Ramos, que será o presidente da Direcção da Associação que foi constituída a 6 de Dezembro por Rui Moreira, Luís Valente de Oliveira, Miguel Pereira Leite e Nuno Santos (além do próprio Francisco Ramos), por sua vez, explicou que a nova organização não pretende ser um partido nem para isso derivar. Mas pretende funcionar como um fórum de reflexão, debate e auto-escrutínio.
“Não queremos uma associação para que o Porto seja um ponto de passagem ou esteja subjugado a fins partidários. Queremos é o melhor Porto e é por isso que estamos aqui”. referiu.
A associação, que tem sede no Porto é constituída, de base, por um Conselho de Fundadores, presidido pelo próprio Rui Moreira, que, contudo, não irá assumir o cargo de presidente da direcção a ser eleita brevemente e que ficará entregue a Francisco Ramos. O nome da associação “Porto, o Nosso Movimento”, é uma alusão à candidatura independente que ganhou, por duas vezes, as eleições autárquicas no Porto, a última das quais com maioria absoluta, a 1 de Outubro de 2017. O Conselho de Fundadores é ainda constituído por Luís Valente de Oliveira, Miguel Pereira Leite, Francisco Ramos e Nuno Santos.
Além do Conselho de Fundadores, a Associação terá como órgãos Assembleia-Geral, Direcção, Conselho Fiscal e Conselho Consultivo. Luís Valente de Oliveira presidirá à Assembleia-Geral, cuja mesa é ainda constituída por Pedro Almeida e Sousa e Isabel Martins. A Direcção, além do presidente Francisco Ramos, contará com Miguel Pereira Leite, Helena Tavares, Carlos Ferreira e Nuno Santos. O Conselho Fiscal será presidido por José Rebouta e contará também com Isabel Meneres. Finalmente, o Conselho Consultivo será presidido por Miguel Pereira Leite e pretende ser um fórum alargado de personalidades, onde têm lugar, por inerência, os membros da Direcção e do Conselho de Fundadores, sendo ainda convidados a integrar o órgão algumas outras ligadas ao movimento independente, nomeadamente, os eleitos com funções executivas (Filipe Araújo, Catarina Araújo, Ricardo Valente, Pedro Baganha, Cristina Pimentel e Fernando Paulo) e o líder do grupo na Assembleia Municipal (André Noronha).
A ficha de inscrição para associado está disponível abaixo e pode ser descarregada, preenchida e enviada para secretariado@portoonossomovimento.pt.