“O nosso foco e elo de ligação é a Antiga, Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta Cidade do Porto. No fim de contas, é pela cidade que nos juntamos, é pela cidade que discutimos e é pelo desenvolvimento do Porto que trabalhamos todos os dias”. Foi desta forma que Filipe Araújo afirmou os grandes objetivos da associação cívica, durante a cerimónia de tomada de posse dos seus novos Órgãos Sociais, que decorreu na Casa São Roque.
Antes, o presidente cessante da Assembleia Geral do Movimento, Valente de Oliveira, deixou um desejo e desafio a Filipe Araújo: “Trate com zelo a cidade, da mesma forma que Rui Moreira tratou”. O evento contou com a presença de dezenas de portuenses. Rui Moreira, Valente de Oliveira e Francisco Ramos foram algumas das personalidades que assistiram ao primeiro discurso da nova liderança, numa sala cheia, entre Presidentes de Junta, Vereadores e muitos associados.
“Já lá vão quase 10 anos desde que um grupo de cidadãos independentes, preocupado e importado com o futuro da cidade, decidiu desafiar o status quo e apresentar uma candidatura autárquica independente, que foi capaz de mobilizar a tal ponto de vencer as eleições autárquicas na segunda cidade do país. Foi tão retumbante a vitória que teve eco pela Europa e pelo Mundo”, lembrou Filipe Araújo, também atual Vice-Presidente da Câmara Municipal do Porto.
Filipe Araújo, que assume agora a liderança do movimento de cidadãos que elegeu Rui Moreira como Presidente da autarquia portuense nas três últimas eleições autárquicas, assegura que a associação “não se furtará ao combate” iniciado com a sua constituição, sendo “escudo político e base de sustentação e defesa da intervenção dos nossos eleitos, combatendo os que deliberadamente procuram enfraquecer e colocar a dúvida sobre a integridade daqueles que, de forma comprometida e abnegada, sempre quiseram fazer o melhor para a cidade”. Afirmou ainda não haver dúvidas que “o Dr. Rui Moreira tem sido a voz liderante de uma cidade que tem sabido combater ferozmente o ímpeto centralista do país, dando muitas vezes o murro na mesa e apontando sem medo que “o Rei vai nú”, mesmo quando nos procuram colar a uma imagem de bairristas incompreendidos”.
Refletindo ainda sobre a cidade que resulta da governação de Rui Moreira, com a concretização de múltiplos projetos ambicionados pelos portuenses há várias décadas, Filipe Araújo não tem dúvidas que o Porto é, hoje, “muito diferente daquele que conhecíamos”, resultado de políticas que tornaram o “Porto cada vez mais cosmopolita, com maior qualidade de vida, com maior capacidade de intervenção e com maior capacidade de reivindicação junto do poder central”.
O novo Presidente do Porto, o Nosso Movimento referiu-se diretamente à liderança de Rui Moreira: “Não se pense, porém, que esta seria a circunstância se a História tivesse ditado um resultado eleitoral diferente no dia 29 de setembro de 2013. O atual momento da cidade é devedor dos protagonistas, do programa, da capacidade de execução e da capacidade de liderança a que assistimos durante a última década.”
Para lá disso, Filipe Araújo afirma categoricamente que “apesar das conquistas alcançadas, não podemos dar a jornada como concluída. Porque, no final de contas, o que estará em causa é o bem maior da cidade do Porto, desta nossa cidade do Porto: a cidade onde queremos continuar a viver e onde estão aqueles que amamos e cuidamos. Temos de construir uma cidade para o futuro, com uma força inabalável, com garra e empenho. O Porto sempre foi uma cidade que tomou as rédeas do seu destino e o seu futuro será aquele que os portuenses quiserem. Este Movimento tem pessoas capazes e com qualidade para fazer florescer as melhores oportunidades que só esta cidade nos consegue proporcionar enquanto comunidade”.
E deixou pistas para o futuro: “São vários os desafios que atualmente se colocam ao futuro das cidades: o enorme desafio das alterações climáticas e a necessidade de uma maior resiliência do território; uma maior sustentabilidade, nas suas dimensões ambiental, social e económica; o direito à habitação; o acesso ao emprego; a mobilidade urbana e a necessidade de contribuir para cidadãos mais realizados e felizes. Todos estes reptos acompanham a evolução e as transformações que a sociedade vai sofrendo e que têm uma tradução prática na forma como as cidades se organizam”. Lembrou, ainda, na cidade do Porto, um desafio adicional: “evitar que os ímpetos populistas e pseudo-reformistas, na ânsia da diferença pela diferença, coloquem em causa o projeto que tão bem tem sido desenvolvido pelo Dr. Rui Moreira e pelos seus Executivos. O Porto precisa de dar continuidade a este projeto ambicioso e construir em cima das conquistas já realizadas. É fundamental preservar o legado e construir um futuro que seja garantia de estabilidade e de continuidade”.
Houve lugar ainda a agradecimentos aos associados que asseguram a continuidade da organização, aos órgãos cessantes, com destaque para Francisco Ramos e Valente de Oliveira. Mereceu um destaque, naturalmente, Rui Moreira, o Presidente da autarquia portuense apoiado pelo Movimento.
Tomaram posse na Direção, para além de Filipe Araújo, Pedro Baganha, Catarina Araújo, Ariana Brás, João Pedro Araújo, José Serôdio e Raúl Almeida. A Assembleia Geral será presidida por Agostinho Guedes, coadjuvado por Isabel Martins e Isabel Menéres. No Conselho Fiscal mantém-se José Rebouta a presidir, com Miguel Gomes a Vice-Presidente. Para a associação cívica começa agora um novo ciclo, mas sempre com o mesmo objetivo: servir a cidade e os cidadãos do Porto.