No Relatório e Contas de 2016, ontem aprovado pela Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP), entende-se que este aumento da procura, na ordem dos 0,3%, é o primeiro passo para a inversão da tendência negativa registada nos últimos anos. O número de passageiros foi especialmente superior no segundo semestre do ano, altura em que “a empresa conquistou mais de um milhão de passageiros”.

Este aumento no número de clientes também se reflectiu nas contas da STCP, que viu os seus custos operacionais reduzidos em cerca de 48 milhões de euros face a 2015, aumentando também a receita em cerca de 1%, o correspondente a quase 43 milhões de euros.

Num comunicado enviado à Agência Lusa, a empresa detalha ainda que “a dívida remunerada da STCP terminou o ano com uma diminuição de 13% quando comparada com o período homólogo, cifrando-se agora em cerca de 370 milhões de euros”. Em termos de investimento interno, a operadora destacou a forte aposta na contratação de mais recursos humanos, precisamente “108 novos motoristas”, permitindo ganhos significativos na taxa de cumprimento dos serviços planeados, que agora se situa nos 95%. Uma robustez que se repercutiu também no “aumento da produção” da STCP, o equivalente a 21 milhões de quilómetros percorridos em 2016, “mais 5,7% do que no ano precedente”.

Recorde-se que já em 2016 ficou definida a transição da gestão da STCP da esfera do Estado para a esfera autárquica, com a Câmara do Porto a assumir a presidência da administração da empresa, mantendo o Governo a responsabilidade sobre a dívida histórica da operadora de transportes. Neste momento, os seis municípios onde a STCP opera (Porto, Maia, Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Valongo e Gondomar), aguardam que a transferência da gestão se efective, estando apenas dependente a sua concretização do visto do Tribunal de Contas, cujo dossier tem desde Fevereiro de 2017.

Para breve, está prevista a aquisição de uma nova frota, mais sustentável: 173 autocarros movidos a gás e 15 eléctricos.