Considerando que não podemos perder mais tempo a discutir a dimensão geográfica da intervenção de políticas públicas a nível da educação, Rui Moreira afirmou, esta tarde, na sua sede de campanha, que o município está em condições de assumir um papel mais activo na construção de um novo paradigma educativo, mais inclusivo e alicerçado no debate entre os vários agentes educativos.
Para o candidato do Nosso Partido é o Porto, a cultura, pilar fundador da sua candidatura, é o cimento agregador na construção do novo modelo escolar, fundamental na construção de uma cidadania plena. Transmissora de bons exemplos, as actividades culturais devem ser encaradas como unificadoras do projecto educativo alargado, contando, para isso, com o envolvimento de toda a comunidade. Neste domínio, lembrou projectos que, durante este mandato autárquico provaram a virtuosidade da associação da cultura à educação e, por conseguinte, à coesão social: o OUPA, a Orquestra Juvenil da Bonjóia e, a um nível mais alargado, o apoio aos grafitters no desenvolvimento da arte pública urbana.
“A ESCOLA É A CAPELA DA EDUCAÇÃO”
Enquanto estruturas físicas, as escolas são templos sagrado do ensino, entende Rui Moreira, justificando, por isso, que o investimento no modelo de ensino que congrega e não exclui é para continuar. E para que seja mais efectivo, tem que simplificar, em vez de perder-se num emaranhado de diagnósticos e projectos que depois, a nível prático, pouco acrescentam à realidade.
Preocupado com os índices de abandono escolar na periferia da cidade, o candidato independente entende como premente uma actuação concertada do poder autárquico local, naquilo que é o dever de um ensino de excelência. Uma tarefa que o Estado central tem a obrigação de apoiar, delegando competências e transferindo o respectivo envelope, considera Rui Moreira.
O candidato independente manifestou-se ainda optimista quanto ao futuro. Acredita numa escola mais inclusiva, formadora de cidadãos com espírito crítico, onde a “dignidade de cada um dos territórios” é respeitada. Mas, para que essa sua convicção não esteja distante da realidade, propõe à cidade um conjunto de medidas no campo da educação, que foram apresentadas pelo sétimo candidato da sua lista, Fernando Paulo.
“QUERO AGRADECER A NOTÁVEL PARTICIPAÇÃO CÍVICA NO DEBATE”
Considerando que o que marca a diferença nas Conversas à Porto são os seus intervenientes (que, em sete sessões, já ultrapassaram os 90 contributos), Rui Moreira deixou uma palavra de apreço a todos quantos decidem, livremente, participar na discussão da cidade, aproveitando para dizer que esta candidatura acredita e defende a pluralidade de ideias. “Não convidamos apenas aqueles que nos apoiam e isso é o que nos distingue”, concluiu o candidato.