Rui Morreira percorreu na manhã desta sexta-feira as ruas de Campanhã, em grande alegria, seguido pelos candidatos à vereação, por alguns dos candidatos às juntas e pelos seu apoiantes. Durante a arruada, Rui Moreira aproveitou para visitar o Matadouro da Campanhã, um projeto por ele muito estimado.
O antigo Matadouro da Campanhã estava desativado há décadas. Logo durante o primeiro mandato de Rui Moreira, o equipamento foi retirado da lista de património a alienar, após o autarca ter visto nele um enorme potencial na promoção desta zona do Porto. O projeto penou então pelos labirintos do Tribunal de Contas, mas hoje as máquinas já operam no seu interior, iniciando uma obra que, está previsto, será terminada no outono de 2023.
O próprio Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, apoiou a execução da obra, afirmando, numa visita ao local, que “cada dia perdido no projeto de reconversão do Matadouro de Campanhã é um dia perdido para todos os portugueses”. Segundo o mesmo, a obra é de uma riqueza excecional para a cidade e para o país, sendo um projeto “multidimensional”, com “inúmeras vertentes que lhe dão condições para abrir caminho para um polo urbano único na oportunidade, no tempo, espaço e no consenso social”.
Com efeito, a reconversão do Matadouro irá criar uma nova centralidade, revitalizando Campanhã e toda a zona oriental da cidade, tal como aconteceu com a zona da Expo, em Lisboa, mas com uma grande diferença: lá foi com dinheiro do poder central, aqui foi a partir de um contrato de empreitada, no valor de 40 Milhões de euros, celebrado entre a empresa municipal Go Porto e a Mota Engil, um privado da cidade para disponibilizarem um equipamento versátil e sustentável.
Para servir este propósito, o Matadouro terá uma área multifacetada: dos seus 26.000 m2, prevê-se uma área de 20.500 m2 de edificado, dos quais cerca de 12.500 m2 se destinarão a espaço empresarial, sendo esta uma oportunidade em colmatar a escassez de oferta de grandes áreas para escritórios na cidade Invicta.
A obra contará ainda a assinatura do arquiteto Kengo Kuma, autor do Estado Olímpico de Tóquio, em parceria com o gabinete portuense OODA. Esta parceria pretende levar ainda mais longe este empreendimento, tornando-o numa obra de futuro, que conjugará a economia, a cultura e a coesão social, as boas contas e, também, a sustentabilidade, os quatro pilares da candidatura “Rui Moreira: Aqui Há Porto”.
No trajeto traçado até ao Matadouro, durante o qual Rui Moreira conviveu com os portuenses que por ali passavam, o candidato visitou ainda a Scoundrels Distilling Co., a primeira escola de gin do país, e mais um investimento que permite dinamizar esta zona da cidade, projetando a identidade do Porto.
O proprietário desta destilaria, Travis Cunningham, descreve-a como “uma destilaria portuguesa gerida por australianos”. Nesta escola, na Praça da Corujeira, os visitantes podem informar-se sobre variados assuntos, como o processo de destilação e a história do gin, assim como aprender a fazer o seu próprio gin. Tudo isto é feito em alambiques de cobre com selo português, na tradição usual de tantas escolas do género pelo mundo.
O Movimento não apresenta candidatura própria a esta freguesia, mas apoia Ernesto Santos, atual presidente e candidato pelo Partido Socialista a Campanhã.