Foram dias intensos e cheios de significado para a cidade do Porto. Hoje, Dia da Europa, os governantes europeus já começaram a despedir-se do Porto, mas não sem levarem para os respetivos países de origem uma excelente impressão da cidade anfitriã da cimeira, que por diversas vezes fizeram questão de elogiar nas declarações aos jornalistas acreditados para o evento, provenientes de todo o mundo.
A imagem da cidade do Porto que passou para o exterior foi precisamente aquela que Rui Moreira sempre preconizou: “uma cidade confortável, interessante e segura”. Um cunho que a sua governação já imprimiu à cidade.
Nestes dois dias em que o Porto foi o centro da União Europeia, foi de Rui Moreira que partiu a iniciativa de entregar as chaves da cidade aos mais altos representantes da UE.
O convite, aceite por António Costa na qualidade de atual presidente do Conselho da União Europeia, permitiu que fosse a Câmara do Porto a protagonista do primeiro momento de arranque da Cimeira Social. Assim, Rui Moreira conseguiu que fosse a partir dos Paços do Concelho que os três líderes europeus formassem a sua primeira impressão sobre a cidade do Porto, estabelecendo também com eles uma maior proximidade, que em eventos a esta escala não é comum poder desenvolver com autarcas.
Na cerimónia de entrega das chaves da cidade, o presidente da Câmara do Porto frisou que o gesto para com a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e o presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli expressa o apreço e incentivo dos portuenses, para que os líderes europeus “prossigam a abertura de novos diálogos para uma sociedade mais justa e inclusiva na Europa”. Magistratura de influência que, frisamos, não é comum.
Ontem, último dia da Porto Social Summit, o presidente da Câmara do Porto participou, a convite de António Costa, na receção aos chefes de Estado para o Conselho Europeu informal, que decorreu no Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota.
Nos Jardins do Palácio de Cristal estiveram 24 dos 27 líderes europeus, que ficaram encantados com a beleza do lugar. Mas além de ficar efetivamente bem na fotografia, os Jardins do Palácio do Cristal encerram, desde novembro de 2019, uma outra grande vantagem competitiva. É no seu interior que se apresenta, imponente, o requalificado Pavilhão Rosa Mota, com todas as condições logísticas e acústicas, além do conforto e funcionalidade necessárias para acolher eventos desta dimensão à escala internacional.
Meses antes da concretização da Cimeira Social do Porto, Rui Moreira levou António Costa a conhecer o interior do equipamento municipal, que está concessionado por um período de 20 anos, depois de ter sido inteiramente requalificado por privados, que ainda durante o período de concessão pagam à Câmara à Porto cerca de 4 milhões de euros.
O primeiro-ministro ficou impressionado com o que viu e logo decidiu que o encontro do Conselho Europeu Informal ali teria lugar, fechando os dois principais espaços da cimeira, que também passou pela Alfândega do Porto.
Mas se os últimos dois dias foram excelentes para mostrar ao mundo a beleza da cidade do Porto e a sua capacidade de organização, também as duas noites em que se realizou a Cimeira Social se revestiram de simbolismo, com dois dos seus ícones iluminados de azul, em homenagem à cor da União Europeia.
Primeiro na Ponte Luís I e ontem à noite na fachada da Câmara do Porto, que, além da cor azul, projetou a bandeira da Índia, em homenagem ao país com quem os dirigentes da UE tiveram uma reunião de alto nível, sábado à tarde, no Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota.
O Porto foi o centro da União Europeia a Cimeira Social, em que se deram passos decisivos por uma Europa mais inclusiva e justa. Mas vai ficar também na história e memória de todos aqueles que por aqui passaram como cidade cosmopolita, onde a modernidade abraça a tradição, com espaços verdes bem tratados, com uma cada vez maior aposta na mobilidade sustentável, com uma gastronomia invejável e ímpar na sua forma calorosa de bem receber.
Obrigado, Presidente.