20 Maio, 2021

“Os portuenses acham que isto tudo é fumo”, afirma Rui Moreira em entrevista à SIC Notícias

Rui Moreira esteve ontem à noite na SIC Notícias e voltou a frisar que nunca tomou “nenhum ato que beneficiasse a minha família e que prejudicasse a Câmara do Porto”. Reafirmou também que a decisão da juíza de instrução em nada altera a situação em que o processo, conhecido como caso Selminho, se encontrava em dezembro último, e disse que, se for recandidato à Câmara do Porto, “nenhum portuense ignora que pende sobre mim esta acusação”. Partilhou ainda que tem recebido muitas manifestações de incentivo ao longo dos últimos dias. “Os portuenses acham que isto tudo é fumo”, declarou.

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Na entrevista conduzida pela jornalista Ana Patrícia Carvalho, o presidente da Câmara do Porto diz ser normal sentir-se “injustiçado e prejudicado perante a opinião pública”, e que o seu bom nome é o maior património que tem.

Tal como tem vindo a partilhar noutros órgãos de comunicação social, sublinhou que quando chegou à Câmara do Porto, em outubro de 2013, a empresa que é da sua família já tinha um litígio com o município desde 2010. “A minha família tinha comprado um terreno que tinha capacidade construtiva e pretendia construir. Desde 2010 que a Câmara do Porto tentava encontrar com essa empresa uma solução que não obrigasse a pagar indeminizações. Candidatei-me em 2013 e, nessa altura, o terreno era inexoravelmente da família”, detalhou Rui Moreira.

“Comigo como presidente da Câmara, a Câmara não pagou qualquer indemnização à minha família. Mais do que isso, recuperou o terreno que não sabia que era da Câmara, e que a minha família tinha comprado no mercado”. “Estou com a consciência absolutamente tranquila”, reforçou.

Quanto à forma como esta fase instrutória se desencadeou, o presidente do conselho de fundadores do Porto, o Nosso Movimento lamentou novamente o facto de a juíza que apreciou o processo ter recusado a indicação da única testemunha que apresentou e que considera ser “peça-chave” neste enredo: o advogado externo que foi contratado pelo seu antecessor, Dr. Rui Rio, e que Rui Moreira nunca mandou substituir, como aliás fez com todos os intervenientes no processo, do diretor municipal do Urbanismo aos técnicos municipais, que se mantiveram os mesmos. Até a vereadora que interveio já ocupara um cargo executivo no tempo do anterior presidente da Câmara. Por contraste, lamentou que ao longo de quatro anos, o Ministério Público tenha ouvido todas as testemunhas que quis.

“Tenho absoluta consciência que nada fiz que lesasse a Câmara do Porto. Desde 2010, que se tentava resolver o problema com essa empresa a quem eram reconhecidos direitos adquiridos. Se alguém disser, para começo, que a minha família saiu beneficiada acho que está a imaginar São ossos do ofício, bem sei”, declarou.

Relativamente à altura em que este novo processo surge, Rui Moreira comentou que já em 2017, em vésperas de eleições, o Ministério Público formulou uma acusação que o acompanhou durante toda a campanha eleitoral, e que depois o mesmo Ministério Público chegou à conclusão de que “não tinha cometido nenhuma irregularidade” e arquivou o processo. “Passam quatro anos, há nova eleição, outro procurador, e o mesmo Ministério Público levanta o mesmo assunto em véspera de eleições. A população percebe bem estas coisas”, considerou.

“Há uma coincidência, que pode ser mera coincidência, entre o tempo da justiça e o tempo da política”, comentou ainda.

Rui Moreira disse que está a avaliar a possibilidade de se recandidatar à Câmara do Porto, (embora tenha deixado claro que sempre disse que considerava dois mandatos suficientes), tendo por base aquela que é também a avaliação dos portuenses, mas não só. “Estes tempos que vivemos, em que sucessivos ataques à cidade do Porto em matérias como a descentralização, o facto também de a pandemia ter causado alguns atrasos, tem-me feito meditar se me devo recandidatar ou não”, esclareceu.

“A Portofobia” mantém-se viva

Retirando um “julgamento popular” que um jornal tem feito à sua governação, e que desvaloriza, será nos portuenses que procurará as respostas. No caso de ser recandidato, também disse à SIC Notícias que “nenhum portuense vai ao engano e que os portuenses votam pela respeitabilidade do candidato”, entre outros fatores, como a sua visão de cidade.

“Não tenho nenhuma dúvida de que tenho condições [de ser candidato à Câmara do Porto]. Ando pela cidade e sei o que os portuenses pensam da nossa governação. Os portuenses acham que isto tudo é fumo”, afirmou Rui Moreira.

Na entrevista, foi ainda questionado sobre a jornalista quanto às reações dos diferentes partidos políticos ao caso, tendo comentado a postura que o PSD tem tido relativamente a esta matéria. “Lamento que façam uma campanha suja”. “O Dr. Rui Rio está a fazer está política em desespero. Sinceramente não pensava isso dele. Desiludi-me, é a vida”. Quanto ao Bloco de Esquerda, o presidente do conselho de Fundadores do Porto, o Nosso Movimento, desvalorizou as críticas, convicto de que a presença desta força política na cidade continuará a ser marginal.

Segundo Rui Moreira, lamentáveis, sim, são alguns comentários que tem ouvido nos últimos dias, que, na sua opinião, deixam evidente a “Portofobia” que ainda hoje persiste. “Ouvi alguns comentários a dizer que se isto fosse em Lisboa, já estava resolvido. O Porto, de vez em quando, incomoda os poderes da capital. Alguns dos portuenses acreditam que estão a ser vítimas de eu ser o seu porta-voz contra o centralismo dos poderes instituídos e dos partidos políticos”, concluiu.

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